Ecclestone nega ter sido preso no Brasil e diz que arma não tinha munição
O ex-chefe da Fórmula 1 Bernie Ecclestone negou nesta sexta-feira ter sido preso no Brasil e disse que uma arma irregular encontrada em sua bagagem antes de embarcar no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), nunca foi usada e não tinha munição.
O britânico de 91 anos, agora em Portugal, afirmou à Reuters que um “incidente pequeno e bobo” ocorreu quando ele e sua família tentavam deixar São Paulo em um avião particular na noite de quarta-feira.
“Não tenho tido nenhuma publicidade ultimamente e achei que deveria fazer alguma coisa para conseguir alguma”, brincou ele em uma conversa por telefone.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou em comunicado à Reuters na quinta-feira que um empresário foi preso por porte de arma de fogo no aeroporto de Campinas, mas não o nomeou diretamente. A prisão de Ecclestone havia sido confirmada anteriormente pela Polícia Civil paulista.
“Nunca fui preso”, disse Ecclestone, que não fala português e confirmou que teve que pagar fiança de 6.060 reais para poder sair do país.
“Eles queriam em moeda local, o que não tínhamos”, acrescentou. “Então houve outro drama tentando encontrar o dinheiro. Eu estava saindo do país, não tinha dinheiro local. Foi um drama sangrento, desnecessário, por nada.”
Ecclestone disse que comprou a arma, uma LW Seecamp .32, de um mecânico da Fórmula 1 ou homem que trabalha com pneus no Brasil anos atrás, sem munição e para uso puramente de dissuasão.
“Eles disseram que você precisa de algo assim”, explicou. “Pode funcionar se alguém tentar assaltar você ou fazer outra coisa. Então eu comprei do cara.”
“Eu tinha em casa e costumava brincar com ela se as pessoas viessem me visitar ou algo assim, nós brincávamos”, acrescentou.
O bilionário tem uma fazenda de café perto de São Paulo, onde fica regularmente quando não está na Europa.
Ecclestone disse que estava brincando com seu filho Ace e deixou a arma no bolso do casaco e as pessoas que estavam arrumando sua bagagem a colocaram em uma mala sem saber da arma.
Uma varredura no aeroporto revelou a arma de fogo, que não havia sido registrada.
“Nunca ia ser disparada, nunca teve balas, então nunca me preocupei em registrá-la. Eu não sabia que você precisava”, declarou Ecclestone.
O bilionário disse que passou das 20h às 5h no aeroporto dando declarações e preenchendo a papelada antes de sair pela manhã.
“Foi bom que a tenham apanhado porque se eu viesse a Portugal e eles a encontrassem, teria sido outro mistério aqui”, disse.
Ecclestone é casado com a brasileira Fabiana Ecclestone, uma das vice-presidentes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e integrante do Conselho Mundial de Esporte a Motor.
A mãe dela, Aparecida Schunck, foi sequestrada em São Paulo em 2016, com criminosos exigindo 120 milhões de reais de resgate antes de ser libertada nove dias depois em uma batida policial sem nenhum pagamento.
O empresário participou de vários eventos no Brasil em maio, entre eles uma corrida de Stock Car no interior de São Paulo, e um encontro com o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília.
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