Vale (VALE3): Ebitda ‘golpeado’ e queda no lucro? Veja o que esperar do resultado
A Vale (VALE3) divulgará o seu resultado na próxima quinta (24) com analistas mais pessimistas e a maioria das casas esperando queda no lucro. O problema é que apesar do aumento da produção, o preço do minério de ferro tombou 11% no trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado.
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De acordo com a Genial Investimentos, o Ebitda, que mede o resultado operacional, será golpeado com uma forte queda, estimado em US$ 3,7 bilhões, recuo de 19,4% no trimestre e 13% no ano, sobretudo, devido à queda no preço realizado de finos de minério de ferro.
Já o lucro líquido deverá ficar em US$ 1,9 bilhão, recuo de 46,5% no trimestre e 35,8% no ano.
Outro fator que deverá influenciar os números é provisão para o acordo de Mariana, que somará R$ 5,3 bilhões (US$ 956 milhões).
O BTG recorda que o trimestre foi particularmente desafiador para os ativos de minérios de ferro, uma vez que os preços convergiram para custos de produção marginais devido à contínua fraqueza da demanda na China (o setor imobiliário ainda se deteriorar em dois dígitos) e a um cenário robusto de oferta.
Segundo o banco, a Vale terminará o trimestre com lucro de US$ 2,1 bi, queda de 25%.
Já XP espera que a companhia apresente resultados “decentes” no trimestre, com uma receita de US$ 9,6 bilhões. De acordo com os analistas, o resultado refletirá a combinação de preços realizados de minério de ferro mais baixos, compensado por volumes mais altos da commodity.
O consenso da Bloomberg prevê lucro de US$ 1,8 bi.
Força no Ebitda da Vale
Na linha do Ebitda, a XP prevê US$ 3,6 bilhões (queda de 10% no trimestre e 20%no ano), com margens caindo 3 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre, com os custos C1 diminuindo para US$ 21/t (recuo de 16%), apesar das despesas de frete mais altas (elevação de 10% no trimestre).
“Esperamos que o Ebitda para Metais Básicos caia para US$443 milhões (-4%), principalmente devido aos
preços mais baixos de cobre e níquel, parcialmente compensados por melhores volumes, refletindo uma melhor sazonalidade, em linha com o guidance esperado da empresa para 2024”.
Com a produção maior, o Bradesco BBI vê uma possível revisão na projeção de Ebtida.
Para o banco, os resultados representam um risco de alta de 3% para a estimativa de Ebitda de US$ 3,4 bilhões, o que, no entanto, não evitaria um tombo de 14% no trimestre e 24% no ano. Os resultados serão divulgados em 24 de outubro.
Por outro lado, o Santander diz que os valores apoiam as expectativas para o Ebitda do terceiro trimestre da Vale de US$ 3,5 bilhões.
O Itaú BBA vai na mesma linha ao dizer que está confortável com a estimativa de Ebitda do terceiro trimestre de US$ 3,35 bilhões.
O consenso da Bloomberg prevê Ebitda de US$ 3,6 bi.