eBay planeja serviço de entrega para competir com Amazon
O eBay planeja lançar um serviço para entregar pedidos de forma mais rápida e barata. É a mais nova estratégia da empresa para atrair mais consumidores e vendedores e também fazer frente à concorrente Amazon.com.
O eBay não pretende montar sua própria rede de depósitos, como a Amazon. Em vez disso, vai aproveitar o volume coletivo de seus vendedores – cerca de 1,5 milhão de pacotes por dia nos Estados Unidos – para negociar descontos com parceiros de logística, cujos nomes não foram revelados, em espaços de armazenamento, embalagens e entregas. O objetivo é permitir que os lojistas do eBay tenham produtos estocados em depósitos em todos os EUA. Assim, as mercadorias poderiam ser entregues em dois ou três dias a preços competitivos.
O eBay planeja lançar o serviço “Managed Delivery” em 2020 e realizará as entregas em nome dos comerciantes por meio de sua própria plataforma de tecnologia.
Com isso, a empresa espera conseguir alguns clientes do Fulfillment by Amazon, programa usado atualmente por alguns lojistas do eBay. O novo serviço será mais barato do que o da Amazon, e o eBay assumirá a responsabilidade por produtos perdidos ou danificados no transporte, que atualmente são de responsabilidade do vendedor. O eBay conduziu testes do novo serviço no início deste ano nos EUA, na Alemanha e no Reino Unido.
“Estamos oferecendo aos nossos milhões de vendedores uma proposta de valor que ninguém mais pode”, disse o presidente do eBay, Devin Wenig. “Rapidamente ganharemos participação de mercado supervisionando a entrega de nossos próprios pedidos.”
O serviço é mais um passo da estratégia de Wenig para recuperar os negócios. O executivo assumiu o comando em 2015, após a empresa se separar do PayPal, e está sob pressão de investidores ativistas para acelerar os ganhos. O eBay tem mais de 180 milhões de consumidores em todo o mundo, que gastam cerca de US$ 100 bilhões anualmente no marketplace. As vendas de comércio eletrônico globais da Amazon devem passar de US$ 340 bilhões este ano, segundo a EMarketer.