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É tiro no pé ter ação do Banco do Brasil às vésperas de ano eleitoral?

24 ago 2021, 16:07 - atualizado em 24 ago 2021, 16:07
Difícil prever o que acontecerá com o setor bancário com o desenrolar da corrida eleitoral em 2022. Portanto, o Itaú BBA se atém aos resultados e desconto recorde do Banco do Brasil entre os demais grandes bancos (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O Itaú BBA elevou para market perform (desempenho em linha com a média do mercado) a recomendação para a ação do Banco do Brasil (BBAS3), mesmo com País às vésperas do ano eleitoral de 2022.

Mesmo que o movimento soe contracorrente, os analistas da casa afirmam que estão disciplinados com sua tese de investimento, conforme relatório obtido pelo Money Times.

“Historicamente, a ação do Banco do Brasil está descontada ante os demais bancos brasileiros, sugerindo que o alto grau de risco político também já está embutido no preço, implicando em alta frente à moderação do mercado”, explica o time de analistas.

Além de destacarem o desconto recordo no papel do Banco do Brasil, os especialistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli, Marco Calvi e Vinicius Figueiredo reforçam que os fundamentos do banco estatal estão em dia.

Com mais ganhos do que perdas, a recomendação underperform (desempenho abaixo do mercado) não faz mais sentido ao Itaú BBA.

“O que acontecerá com o setor bancário com o desenrolar da corrida eleitoral em 2022 ainda é difícil de prever, mas os lucros do Banco do Brasil seguem sólidos e o desconto sobre os demais bancos é muito expressivo, criando uma assimetria positiva”, completa o time do Itaú BBA.

O novo preço-alvo de R$ 37 implica que a ação do Banco do Brasil é negociada a 0,68 vezes seu Preço sobre o Valor Patrimonial por Ação (P/VPA) em 2022.