Coluna do Market Makers

É sempre sobre o fiscal

13 out 2023, 11:30 - atualizado em 13 out 2023, 11:30

Nos últimos meses, os títulos do governo americano, também conhecidos como treasuries, começaram a se comportar de uma maneira estranha. Primeiro as taxas dos títulos de curto prazo (dois anos) ficaram mais altas que a dos títulos de longo prazo (dez anos), o que historicamente indica que uma crise se avizinha por lá. Em seguida, essas taxas dispararam, passando dos 5% ao ano no caso das primeiras.

Isso importa, e muito, porque essas taxas são o preço mais relevante do mundo. É a chamada taxa de juros livre de risco mundial, aquela em relação à qual todos os ativos do mundo são comparados na hora que um gestor ou alocador decide por um investimento. Para valer a pena, qualquer investimento, em qualquer lugar do mundo, precisa render mais que esses treasuries.

Como consequência disso, as bolsas pelo mundo caíram, inclusive por aqui, e o dólar subiu, batendo R$ 5,15.

O problema é que não se sabe exatamente porque isso está acontecendo. A questão fiscal americana está atrapalhando? A política por lá está no caminho da economia? Será que questões geopolíticas, como o fato de países como China e Japão, antes clientes desses títulos, não os estarem comprando com o mesmo ímpeto, estão pressionando as taxas para cima?

Para tentar entender todo esse processo, sua relevância, suas causas e consequências econômicas, no episódio de ontem do Market Makers trouxemos dois economistas – ou melhor, dois doutores em economia: Fabio Kanczuk, ex-diretor do Banco Central e economista da Asa Investments, e Zeina Latif, da GIbraltar Consulting.

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