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E se 2021 fosse um NFT? Retrospectiva do mercado de criptoativos em 2021

07 dez 2021, 19:17 - atualizado em 13 dez 2021, 14:41
Arte com NFT computadores e jogos
“O que é NFT?”. O primeiro indício da popularização do mercado foi a febre dos tokens não fungíveis, e jogos play to earn, que utilizam dessa tecnologia para atrair o público gamer. (Imagem: Freepik)

O mercado de criptoativos vem ganhando forte tração no mundo todo. Nesse ano, pudemos ver alguns passos dessa tecnologia rumo ao “mainstream”, ou seja, da popularização. Os indícios apontam que a pergunta não é mais “se” esse mercado vai se popularizar, mas “quando”. 

Neste sentido, 2021 testemunhou uma evolução muito grande dessa questão e a adoção da tecnologia blockchain.

Observamos esses movimentos envolvendo NFTs, Metaverso, El Salvador e até na indústria dos jogos. Confira os fatos mais importantes deste ano para a expansão desse mercado.

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“O que é NFT?” 

Uma das perguntas que estrelaram os trending topics do Twitter, e do próprio Googl foi: “O que é NFT?”. O primeiro indício da popularização do mercado foi a febre dos tokens não fungíveis, e jogos play to earn, que se utilizam dessa tecnologia para atrair o público gamer.

O primeiro jogo que se popularizou foi o Axie Infinity, da rede do Ethereum (ETH), lançado em 2018, mas que explodiu mesmo entre o fim do ano passado e o começo deste ano. Seu token de governança, o AXS, valorizou mais de 18.800% em um período de um ano.

Em agosto, o jogo ultrapassou U$ 1 bilhão de vendas em tokens e NFTs, abrindo espaço para outros adotarem a tecnologia, como Decentraland, The Sandbox e lançamentos futuros como Star Atlas e Illuvium.

Além de jogos, o mercado de NFTs como arte digital se solidificou bastante. Coleções foram vendidas por valores altíssimos, como o caso dos “cryptopunks”, vendidos pelo marketplace da Etherem OpenSea, que atingiu a marca de U$ 1 bilhão em vendas no final de agosto. No mesmo mês, a empresa Visa comprou o Cryptopunk número 7.610 por cerca de U$ 150 mil.

Os NFTs da rede Solana não ficaram para trás. A coleção “Degenerate Ape” foi a primeira coleção milionária da rede. No mes de setembro, a Moonrock Capital, empresa de consultoria de blockchain, comprou um dos NFTs da Degenerate Ape Academy por 5.980 SOL (cerca de US$ 1,1 milhão).

Confira sobre as NFTs que mais tiveram visibilidade no mercado:

As NFTs mais caras de 2021 (Imagem: Money Times)

 

Infográfico das NFTs mais caras, e que mais chamaram atenção, em 2021

Os NFTs chegaram aos famosos

Algo que impulsionou o mercado de NFTs foi a adoção por parte de famosos e empresas consolidadas. Foi o caso de Stephen Curry, astro da NBA, que comprou um item da coleção “Bored Ape Yatch Club”, da rede Ethereum, por cerca de U$ 180 mil.

A Dapper Labs, startup de tecnologia em blockchain, criou em parceria com a liga de basquete norte-americana, o “NBA Top shots”, a coleção de NFTs que contém vídeos das jogadas mais memoráveis da NBA. Devido o sucesso, a empresa expandiu o conceito para o futebol americano, e criou o “NFL All Day”. A Marvel também lançou sua primeira coleção oficial de NFTs na plataforma Veeve, em que continham também as histórias em quadrinhos dos heróis.

Ainda no âmbito de grandes empresas que aderirem aos colecionáveis digitais, em outubro o TikTok lançou uma coleção de tokens não fungíveis que juntou os principais criadores de conteúdo com grandes criadores de NFTs.

O TikTok Top Moments contou em sua estreia com seis “vídeos do TikTok culturalmente significativos” no formato de NFTs de criadores, como Lil Nas X, Rudy Willingham, Bella Poarch, Curtis Roach, Brittany Broski, FNMeka, Jess Marciante e Gary Vaynerchuk.

Nem futebol ficou para trás. O Vasco, em parceria da corretora Binance, lançou uma coleção própria de NFTs no final de novembro. A série especial de NFTs tem como objetivo marcar a data e também a sua estreia no universo dos tokens não fungíveis.

A tecnologia foi usada até para o marketing da pré-venda do novo filme do Homem-Aranha 3, que será lançado em dezembro.

A iniciativa foi uma parceria da Sony Pictures com a rede de cinema norte-americana AMC, para fidelizar seus clientes. A compra do ingresso de ingressos especiais para a estreia do terceiro filme do herói da Marvel garantiu um NFT.

Foram 86 mil NFTs que foram disponibilizados na promoção. O sucesso foi tão grande que, além de esgotarem os ingressos em menos de 24 horas, houve instabilidade nos sites onde as compras dos ingressos foram feitas.