É preciso estar no radar: “Banco Central está mais aberto a altas maiores de 1 ponto”

Por

28 set 2021, 10:26 - atualizado em 28 set 2021, 10:33

Banco Central Selic — Além de olhar para a inflação no Brasil, o Banco Central está preocupado com o mercado de trabalho. Como o investidor deve preparar sua carteira? (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Investidores precisam considerar no radar que o Banco Central (BC)está mais aberto a altas maiores do que 1 ponto ou 100 (bps) na taxa básica de juros — a Selic, hoje cotada a 6,25% ao ano –, destaca Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos ao Money Times.

“Entendo que na ata do Copom a novidade seja que o BC está um pouco mais aberto a altas maiores que 1 ponto, embora, a autoridade monetária reforce bastante que o pensamento hoje é de fazer mais altas de 100 bps, normalizando a elevação em tal ritmo”, frisa o especialista ao Money Times.

Além de olhar para a inflação no Brasil, o BC está preocupado com o mercado de trabalho. A alta de 1 ponto é vista como suficiente para não penalizar a atividade econômica e a geração de emprego.

Nesta terça-feira (28) foi apresentada ao mercado a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), mesa do Banco Central do Brasil responsável por definir o termômetro da Selic, indicando que foi considerada a elevação de juros em mais de 1 ponto, já na reunião da semana passada.

A RB Investimentos espera que o Copom realize mais duas altas de 100 bps até o final do ano, porém, levando em conta o teor da ata divulgada, caso o cenário macroeconômico se deteriore, em termos de inflação, expectativas e riscos fiscais, há sinais de alta superior a 1 ponto à Selic já no final de outubro.

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Vale investir em renda fixa agora?

O Head de Renda Fixa da Vitreo, Gabriel Mallet, avaliou, em vídeo exclusivo para o Money Times, quais são as perspectivas para a modalidade e onde vale a pena investir, tanto no curto quanto no longo prazo.