É melhor vender esta ação (antes que o El Niño chegue), diz BofA
O Bank of America (BofA) rebaixou sua recomendação para a SLC Agrícola (SLCE3), que está prevista para divulgar seus resultados do 1T23 daqui a uma semana, na próxima segunda-feira (15).
De acordo com o banco, o corte na recomendação de neutro para underperform (venda), com preço-alvo da ação de R$ 56 para R$ 41, se dá por dois fatores principais:
- fenômeno climático El Niño deve provocar queda nos preços das commodities;
- alta produção de soja e milho pode resultar em queda de preços e os custos não devem trazer alívio relevantes para as margens da SLC Agrícola.
El Niño, produção agrícola e fertilizantes
O BofA ressalta que além do El Niño, é importante lembrar que os últimos dois anos (2021 e 2022) foram marcados pela La Niña, o que coloca ainda maior pressão sobre os preços.
Em relatório, o banco prevê que o clima seja favorável para produção agrícola no Brasil, Argentina e Estados Unidos nos próximos 12 meses.
Dessa forma, com uma maior oferta no mercado, o BofA prevê preços mais fracos para soja (US$ 11/bushel) e milho (US$ 5,1/bushel) em 2023/2024, quedas de 11% e 2%, respectivamente.
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Assim, os valores devem impactar os ganhos da companhia no curto prazo.
Por fim, na visão do BofA, a SLC Agrícola deve se beneficiar de preços mais baixos de fertilizantes em 2023/2024. No entanto, os volumes de insumos da empresa devem se recuperar em 20%, reduzindo o benefício de preço.
Por volta de 14h06, os papéis da SLC Agrícola derretiam 5,90%, aos R$ 38,90.