Finanças Pessoais

É melhor investir em fundos ou em robôs?

23 jun 2018, 10:41 - atualizado em 23 jun 2018, 10:42

Na hora de aplicar o dinheiro, muitos investidores preferem “terceirizar” o trabalho e deixar para que outra pessoa administre o seu portfólio de investimentos. Não é preguiça, não! Existem alguns serviços específicos que podem te ajudar a ter uma maior rentabilidade como os fundos de investimento e os robôs de investimento. Mas qual é o melhor serviço: fundos ou robôs?

Os robôs de investimento são a ferramenta da moda. Eles surgiram no Brasil há poucos anos e conquistaram o coração dos investidores que buscam plataformas modernas e diferentes. Já os fundos de investimento estão no mercado há muuuuito tempo e são os queridinhos dos grandes bancos. Aposto que seu gerente já te ofereceu algum fundo, certo?

Quando chega o momento de deixar o seu dinheiro “na mão de outra pessoa”, é necessário conhecer bem as características de cada tipo de investimento para não ter surpresas no futuro. Neste post, vamos te mostrar as principais vantagens e desvantagens de cada um dos dois e, é claro, responder à sua pergunta: “Fundos ou robôs: qual é o melhor?”.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento possuem a fama de parecer complexos e restritos a investidores com muita experiência. Mas isso não é verdade! Os fundos são uma ótima opção para quem está começando a investir. É só ficar atento sobre o tipo de fundo e qual é a sua política. Não está entendendo nada? Calma! A gente vai te explicar o que é um fundo.

O conceito-chave é: os fundos de investimento não são um produto e sim um serviço. Isso significa que o fundo em si não traz nenhum rendimento para o investidor. A rentabilidade vem dos investimentos (chamados de “ativos” ou “produtos”) em que o fundo coloca o seu dinheiro (que pode ser renda fixa ou variável).

Ou seja, você não precisa abrir a conta em uma corretora e selecionar vários produtos como CDB, LCI, Tesouro Direto e etc. Você “entra” em um fundo de investimento, transfere o valor e o fundo cuidará das suas aplicações de maneira que o dinheiro renda mais. Eles possuem um CNPJ próprio e são chamados de condomínio de recursos. O objetivo é reunir o dinheiro dos investidores para ganhar a maior rentabilidade com as aplicações.

Ao decidir aplicar o dinheiro, o investidor torna-se coproprietário do fundo (e é chamado de cotista) e o dinheiro investido é gerenciado pelo gestor do fundo. Além disso, é necessário pagar as taxas de administração e o gestor do fundo tem o trabalho de pegar o dinheiro dos cotistas (no caso, você) e investir nas melhores aplicações do mercado de modo que a rentabilidade seja a melhor para todos.

O seu dinheiro será investido de acordo com a política de gestão daquele fundo. Existem diferentes tipos que você pode escolher: fundos de renda fixa, fundos de ações, fundos DI, fundos cambiais e etc. No Yubb, mostramos diversos tipos de fundos para você escolher.

Vantagens

Confira algumas vantagens dos fundos de investimento:

  • Investimento mínimo: dá para investir em fundos com a partir de R$ 100,00. Existem opções para todos os bolsos: desde valores mais baixos até fundos com valores mínimos altíssimos.
  • Facilidade: ótima opção para quem ainda não sabe muito sobre investimentos já que o gestor realiza toda a “burocracia” das aplicações.
  • Investidor escolhe o tipo: existem fundos multimercados, fundos DI, fundos de renda fixa, fundos cambiais, fundos de ações: são inúmeras opções no mercado! Você pode escolher aquela que mais se adequa ao seu momento financeiro e a política do fundo será 100% fiel ao que foi prometido. n
  • Serviço profissional: a equipe de um fundo de investimento é treinada para sempre buscar a melhor rentabilidade. Imagine pessoas (muito experientes no mercado) que estão trabalhando dia após dia para o seu dinheiro render mais. É um serviço especializado e profissional!

Desvantagens

Veja as desvantagens dos fundos:

  • Sem garantia: os fundos não possuem nenhum tipo de garantia. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), por exemplo, não garante os investimentos em fundos. Por isso, é um pouco mais arriscado do que investir diretamente nos produtos.
  • Altas taxas: por ser um serviço profissional e especializado, os fundos normalmente cobram taxas mais altas. Se for um fundo multimercado, por exemplo, pode valer muito a pena pagar uma taxa mais “salgada”. Mas em um fundo de renda fixa não é uma boa opção. Dica: fique atento para ver se a taxa vale a pena pelo serviço que aquele fundo oferece.
  • Falta de controle: para alguns, pode parecer facilidade. Para outros, falta de controle. Ao investir em fundos, você não tem o controle total do seu dinheiro. Quem decide onde ele vai ser investido é o gestor e não você.
  • Tributação: os fundos não usam a tabela regressiva (que é utilizada na renda fixa) para tributação de imposto de renda. O governo acaba “pegando” uma parte das suas cotas (é o chamado come-cotas).

Robôs de investimento

O conceito geral dos robôs é muito similar ao do fundo. Você vai deixar o seu dinheiro com uma empresa para ela gerenciar o seu dinheiro. A diferença é que, no fundo, o seu dinheiro é administrado por um gestor + a sua equipe. Nos robôs, o seu dinheiro é administrado por uma máquina, um algoritmo, um robô. Vamos com calma!

Pode parecer assustador ter uma máquina mexendo no seu dinheiro, né? Mas não é bem assim! O robô de investimento é o nome dado a uma empresa (fintech) que possui uma plataforma de investimentos diferente e moderna. No Brasil, existem quatro robôs: MagnetisMonetusVérios e Warren. No Yubb, mostramos os quatro tipos para você investir melhor.

O funcionamento é muito simples. O usuário entra no site ou app do robô de investimento, preenche um questionário para que o sistema descubra qual é o seu perfil e quais são seus objetivos financeiros. A partir disso, basta abrir conta em uma corretora (que, normalmente, precisa ser parceira do robô), transferir o dinheiro o robô cuidará de todos os seus investimentos.

Um exemplo: você tem R$ 10.000,00 e quer aplicar. O problema é que você não sabe direito onde investir. É aí que o robô entra: ele cria uma carteira de investimentos personalizada para você. Se você for mais conservador, 40% do seu dinheiro vai para um investimento de renda fixa privada já que você quer fazer uma viagem no ano que vem, 40% para um investimento de renda fixa pública para o longo prazo já que você pensa no futuro de seus filhos e 20% em algum investimento de renda variável para ter um retorno maior.

De forma resumida, o robô de investimento realiza o serviço de distribuição de recursos com o objetivo de conseguir a maior rentabilidade possível de acordo com o seu perfil. Para saber mais, assista ao nosso vídeo sobre o assunto.

Vantagens

Confira algumas vantagens dos robôs de investimento:

  • Diversificação: cada robô possui a sua característica específica, mas, no geral, eles constroem uma carteira de investimentos diversificada para o investidor. Ao invés de fazer isso sozinho, o robô faz a diversificação para você.
  • Custo baixo: como não são pessoas e sim algoritmos, o custo de um robô é muito baixo. Normalmente, a taxa vai de 0,4% a 0,8% AO ANO sobre o patrimônio investido, que considerada uma taxa baixa.
  • Atendimento: o robô de investimento é uma fintech. Isso significa que é uma startup jovem, diferente e intuitiva. Por isso, o atendimento é diferenciado, contando com equipes que podem conversar com você sempre que precisar.
  • Totalmente digital: para investir em um robô, você não terá nenhuma dor de cabeça. O serviço é 100% digital e tudo será feito pela tela do seu computador ou smartphone.

Desvantagens

Veja as desvantagens dos robôs:

  • Sem garantia: os robôs não possuem nenhum tipo de garantia. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), por exemplo, não garante os investimentos em robôs. Por isso, é um pouco mais arriscado do que investir diretamente nos produtos.
  • Falta de controle: para alguns, pode parecer praticidade. Para outros, falta de controle. Ao investir em robôs, você não tem o controle total do seu dinheiro. Quem decide onde ele vai ser investido é o sistema e não você.
  • Portfólios definidos: por mais que a sua carteira seja personalizada, os robôs possuem portfólios definidos. Ou seja, cada um deles possui uma política de investimento e não é possível investir em produtos fora desses portfólios.
  • Poucas opções: existem milhaaaares de fundos de investimento no mercado, mas só existem quatro tipos de robôs de investimento no Brasil. Portanto, você está restrito a poucas opções. Para conhecer os que existem, assista ao nosso vídeo =)

E aí, qual é o melhor?

Agora chegou a hora da verdade: fundos ou robôs? Qual escolher? Infelizmente, não existe uma resposta exata para essa pergunta! Tudo vai depender do seu momento financeiro, ou seja, de qual é o seu perfil e o seu objetivo.

Tanto os fundos quanto os robôs são indicados para todos os tipos de investidores. São ótimas opções para quem está começando, já que você deixa o seu dinheiro na mão de quem entende sobre o assunto. Mas também são boas opções para investidores experientes diversificarem portfólio e terem uma rentabilidade maior.

Se você quer a praticidade de fazer aportes mensais, ter um portfólio diversificado tanto em renda fixa quanto renda variável, usar um serviço 100% online e super moderno: vá nos robôs! Se você é mais tradicional, gosta de definir para onde está indo o seu dinheiro, confia nos profissionais da área: vá nos fundos!

Tudo vai depender da sua relação com dinheiro, do tipo de investimento que você quer (renda fixa ou variável) e de qual é a função daquela aplicação na sua vida. Pensando nisso e analisando as vantagens e desvantagens que a gente mostrou para você, fica fácil escolher entre fundos ou robôs!

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