Vacinas

É inaceitável profissionais de saúde não se vacinarem, diz ministro da Saúde alemão

10 dez 2021, 10:36 - atualizado em 10 dez 2021, 10:36
“É absolutamente inaceitável que, em estabelecimentos onde moram pessoas que depositam sua confiança em nós para protegê-las, pessoas estejam morrendo desnecessariamente porque não vacinados trabalham lá”, disse Lauterbach (Imagem: REUTERS/Annegret Hilse)

O ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, defendeu restrições às pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19 e a obrigatoriedade de vacinas para médicos e enfermeiros, medidas que devem ser aprovadas pelo Parlamento ainda nesta sexta-feira.

“É absolutamente inaceitável que, em estabelecimentos onde moram pessoas que depositam sua confiança em nós para protegê-las, pessoas estejam morrendo desnecessariamente porque não vacinados trabalham lá”, disse Lauterbach à câmara baixa do Parlamento.

A Alemanha, que sofre com uma quarta onda de infecções, tem um índice de vacinação relativamente baixo quando comparado ao do resto da Europa: cerca de 69,4% da população está totalmente vacinada e ao menos 21,3% já receberam uma dose de reforço, de acordo com números oficiais.

O Instituto Robert Koch de Doenças Infecciosas relatou 61.288 infecções novas de coronavírus e mais 484 mortes relacionadas à Covid nesta sexta-feira.

Além das vacinações obrigatórias para certas profissões a partir de meados de março, a nova legislação também permite que os 16 Estados do país fechem bares e restaurantes devido à taxas altas de infecção.

Uma pesquisa da emissora ZDF mostrou que mais de três quartos dos alemães são a favor de restrições duras aos que não se vacinaram, enquanto 21% não acham se tratar do caminho certo.

Quase 70% são a favor da obrigatoriedade de vacinas, uma medida que é apoiada pelo chanceler Olaf Scholz e pode entrar em vigor até o final de fevereiro.

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