É hora de comprar? Saiba o que a XP Investimentos recomenda para as duas maiores pagadoras de dividendos da Bolsa
Duas das maiores empresas brasileiras com capital aberto são também as duas maiores pagadoras de dividendos, segundo um levantamento feito pela Economatica.
De acordo com a pesquisa, no ano passado, a soma dos dividendos distribuídos pela Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3) superaram o total distribuído por todas as outras demais empresas listadas na B3.
A Vale, por sua vez, diminuiu o maior volume de proventos da história no período.
Segundo a XP Investimentos, a recomendação para a Petrobras é a de compra, com preço alvo de R$ 45,3 por ação.
“As razões para nossa visão positiva são: (i) alta qualidade dos ativos do pré-sal (com produção crescente), (ii) valuation atrativo (2,8x EV/EBITDA 12 meses à frente) e (iii) dividendos robustos (~23% de dividend yield para 2022 e somando ~100% para os próximos 5 anos)”, explicam os analistas da corretora.
Como principais riscos para o ativo, a XP vê “alto potencial para volatilidade nas ações em 2022, à medida que as eleições presidenciais se aproximam”.
“Apesar da companhia não estar estritamente em linha com a paridade internacional de preços dos combustíveis, acreditamos que a situação dos subsídios de combustíveis está controlada em relação ao histórico da companhia entre 2011 e 2014”, dizem.
Já em relação à Vale, a recomendação também é de compra, com preço-alvo de R$97/ação para o final de 2022, e os analistas esperam “que os prêmios de qualidade mais altos no futuro ajudem a reduzir o desconto que a Vale negocia atualmente quando comparado aos pares, em termos de múltiplo EV/EBITDA”.
“Na nossa visão, a retomada da produção pode levar a Vale a um nível normalizado de 380 milhões de toneladas por ano em 2024. Adicionalmente, apesar da forte queda dos preços de minério de ferro, ainda acreditamos que a Vale seja uma forte geradora de caixa, mesmo considerando os patamares atuais. Por fim, a Vale está negociando a um múltiplo EV/EBITDA atrativos e abaixo da média histórica, e esperamos que essa diferença reduza adiante, frente a distribuição de dividendos diante da forte geração de caixa, melhores práticas ambientais, sociais e de governança”, afirmam os analistas.
Como riscos para os papéis da Vale, a XP aponta “a recuperação da demanda na China”. “Mesmo que a crise energética na China tenha começado a diminuir e as restrições à produção de aço também estejam sendo reduzidas gradualmente, a demanda poderá não se recuperar completamente conforme os projetos de construção chegam à conclusão e o pipeline de novos projetos diminui”, diz o relatório.