É hora de comprar dólar? Saiba o que fazer diante da queda da moeda
O dólar vem surfando uma onda de quedas nas últimas semanas. Nesta segunda-feira (21), a moeda americana chegou a valer R$ 5,09, menor cotação desde setembro de 2021.
Os dados do Boletim Focus, publicados nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central, mostram que o mercado cortou as estimativas para o câmbio do dólar para o fim de 2022 e 2023.
As projeções para este ano caíram de R$ 5,58 na semana anterior para R$ 5,50, enquanto o valor estimado para o fim de 2023 passou a ser de R$ 5,36, ante R$ 5,45 anteriores.
Diante deste cenário, combinado com a expectativa de um ano de muita volatilidade para o mercado financeiro, os investidores brasileiros têm se questionado se este é um bom momento para investir na moeda.
É hora de comprar dólar?
Segundo o analista e sócio-fundador da Benndorf Research, Victor Benndorf, o dólar está entrando em um intervalo interessante para compra.
Entretanto, o analista destaca que, visando um ponto de inflexão maior, o ideal é que os investidores comprem a moeda aos poucos.
Benndorf ainda ressalta que a moeda americana se mostrará ainda mais interessante quando demonstrar forte defesa da cotação contra o real a R$ 5.
“Não recomendo entrar 100% de uma vez, mas certamente o range é esse”, reitera Benndorf.
O diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, alerta que os desdobramentos das tensões entre Rússia e Ucrânia podem elevar o preço do dólar.
Por isso, o brasileiro que decidir dolarizar seus investimentos deve acompanhar a situação entre os países.
Dólar em queda livre
De acordo com Cavalcante, o dólar tem se desvalorizado frente ao real devido à entrada de capital estrangeiro no Brasil, em razão dos juros brasileiros serem os maiores do mundo.
Segundo o Bank of America, os gringos devem continuar investindo no país ainda em 2022. O estrategista de ações da América Latina do BofA, David Beker, afirma que o Brasil tem “múltiplos relativamente atrativos e um viés de valor que pode continuar a ter um desempenho mais forte”.
O diretor de câmbio da Ourominas reforça que o dólar continua com viés de baixa e pode chegar a ser cotado a R$ 4,90, mas alerta que, com o desenrolar da situação geopolítica entre Rússia e Ucrânia, pode subir para mais de R$ 5,50.
As perspectivas para a moeda até o final do ano vão depender das pesquisas eleitorais no Brasil e do cenário macro, além da taxa de juros norte-americana, afirma Cavalcante.
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