É hora de comprar dólar? Veja as tendências para o câmbio e alternativas para investir
Com a alta do dólar nos últimos meses e as viagens do final de ano se aproximando, muita gente pode ficar em dúvida se é o melhor momento para investir ou comprar a moeda norte-americana. Para a XP, o momento é de cautela e adequado para comprar a moeda aos poucos, de forma alcançar uma média até a data da viagem ou objetivo.
No final de novembro de 2024, a taxa de câmbio superou os R$ 6, com o dólar subindo cerca de 20% no ano.
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O dólar em alta é um sinal de que:
- Há menos capital estrangeiro investido no Brasil;
- Há pressão sobre a nossa inflação e, consequentemente, aumento do
- custo de vida;
- O ambiente não está muito favorável para empresas locais, muito menos para suas ações
DÓLAR PODE SUBIR MAIS?
Segundo a XP, tendo em vista que o real já está desvalorizado, considerando alguns fatores, inclusive os juros, a taxa de câmbio tende a se consolidar nos patamares atuais.
Na perspectiva da corretora, é estimada uma taxa de câmbio de R$5,85 por dólar no final de 2025.
No entanto, fatores como a incerteza no ambiente macroeconômico como a conduta das questões fiscais podem trazer a alta volatilidade a taxa de câmbio novamente, impulsionadas também pelo período eleitoral.
No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9), a previsão para a Selic aumentou, em uma semana, de 11,75% para 12% ao final deste ano. Para os próximos períodos, as expectativas também foram elevadas.
O que influencia a cotação do dólar?
Fatores externos como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a recente divulgação do pacote fiscal (que foi considerada pelo mercado como insuficiente) refletem o aumento de preocupações dos investidores, que consideram o dólar e os títulos do Tesouro norte-americano ativos que servem como proteção em momentos mais turbulentos.
A XP projeta que a Selic deve chegar aos 14,25% no pico do ciclo de alta da taxa de juros, baixando para 13,25% ao fim de 2025.
“O risco continua inclinado para cima, caso a desancoragem das variáveis nominais (taxa de câmbio, expectativas inflacionárias) permaneça nos próximos meses”, aponta o relatório Macro Mensal de dezembro.
A política monetária norte-americana também influencia o câmbio. Para a XP, é esperado que o Federal Reserve (FED) corte os juros novamente neste mês de dezembro e chegue a uma ‘’taxa terminal de 3,5%’’.
Para quem deseja investir ou ter exposição ao dólar, as opções vão desde o próprio papel moeda até ações e fundos.
Outra maneira de ter dólar na carteira é investir em ações brasileiras e estrangeiras com exposição ao dólar ou em fundos cambiais (aqueles que tem 80% de investimentos atrelados à variação do dólar) e globais.