É hora de comprar ações para ganhar com a recuperação do varejo, diz Citi
O mês de março pode ter sido um ponto de inflexão para o consumo no Brasil, avalia o Citi após reuniões com empresas do setor. O banco revisou para cima as projeções para algumas ações e apontou a Lojas Americanas como a principal recomendação. O papel foi incluído no portfólio Focus List LatAm, substituindo a Raia Drogasil.
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“Com as conversas com as gerências das companhias, parece que depois de um duro início de ano (janeiro e fevereiro), março foi um grande ponto de inflexão no crescimento da receita. Abril parece estar seguindo o mesmo caminho, o que nos faz acreditar que a recuperação do consumo doméstico no Brasil agora tem um impulso real”, aponta a analista Paola Mello.
Paola indica que, até o momento, seis das oito varejistas analisadas por ela divulgaram os resultados do primeiro trimestre de 2017 e que, juntas, registaram um crescimento de receita de 8% na comparação. O número veio 5% acima das estimativas do banco e 3% acima da inflação. Isso, aponta a analista, se traduziu em um “notável” salto de 28% na geração de caixa, “desafiando a nossa visão de que a recuperação seria necessariamente gradual”.
Ações
Para o investidor que deseja exposição ao setor e ao momento de recuperação, o Citi indica a Lojas Americanas, seguida por Lojas Renner no vestuário feminino. Paola ressalta também que a Hering e a Arezzo têm vendas provenientes de franqueados, o que funciona como um termômetro geral para as vendas no varejo.
Os números mostram um avanço de 28,7% na Arezzo e de 3,5% na Hering no primeiro trimestre. “No caso de Hering, isso foi depois de dez trimestres consecutivos de contração. Essas pequenas empresas geralmente não têm muito capital de giro, então seus crescentes investimentos em estoque sugerem que esperam que as vendas continuem a crescer nos próximos meses”, explica.