Eleições Americanas

É hoje: Veja tudo o que você precisa saber sobre as eleições dos EUA

05 nov 2024, 7:00 - atualizado em 04 nov 2024, 18:34
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(Imagem: Reuters/iStock / Montagem: Money Times)

Chegou o tão esperado dia das eleições presidenciais dos Estados Unidos. As últimas pesquisas eleitorais mostram uma corrida acirrada entre os candidatos Donald Trump e Kamala Harris.

De acordo com o levantamento realizado pelo The New York Times, Harris possui 49% das intenções de votos, contra 48% de Trump. Já na pesquisa realizada pela NBC News, ambos os candidatos possuem 49% das intenções de voto, com 2% do eleitorado “indeciso”.

Além disso, nos estados-chave para a eleição, chamados também de “Estados-Pêndulo”, os candidatos aparecem empatados. Esse nome se dá aos estados que costumam ser decisivos na votação, regiões que não têm preferência explícita pelo partido democrata ou republicano.

Para a eleição de 2024, Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin são considerados “chave” para definir quem assumirá a Casa Branca nos próximos quatro anos.

Como funciona o processo eleitoral norte-americano?

O sistema de votação e a contagem de votos nos Estados Unidos possuem algumas particularidades, como o sistema de eleição indireto para o presidente da república. Além disso, o voto é impresso e não obrigatório.

Basicamente, quem realmente elege o presidente é o Colégio Eleitoral. Ao todo, 538 delegados se reúnem para representar a população de cada estado e escolher quem assumirá os cargos pelos próximos quatro anos.

Após o dia da eleição, os votos dos eleitores vão para a contagem estadual e o candidato que vencer naquela região recebe os delegados do estado. Por exemplo: o estado do Texas possui 40 delegados, caso Trump receba a maioria dos votos na região, ele recebe os 40 dos 538 delegados do país.

Dessa forma, o candidato precisa de 270+1 delegados para formar a maioria simples e vencer as eleições. O nome deste sistema é “winner-takes-all”, ou “o vencedor leva tudo”.

É possível um estado fazer a recontagem dos votos, dependendo das leis e regulamentações internas da região. Normalmente, a recontagem ocorre quando há uma margem estreita de vitória ou a pedido de um partido ou candidato.

Vale ressaltar que, esta regra não vale para os estados de Maine e Nebraska. O Distrito de Colúmbia (Washington D.C.) possui uma contagem similar, apesar de não possuir representação plena no Congresso.

Contagem de votos em Maine e Nebraska

Em ambos os estados, os votos são contabilizados através dos distritos. Em vez de dar todos os votos ao vencedor, Maine e Nebraska dividem seus votos eleitorais entre o vencedor do estado e os vencedores em cada distrito (regiões dentro do estado).

Por exemplo: Maine possui 4 votos eleitorais, que são distribuídos em 2 votos para o vencedor no estado inteiro e 1 voto para o vencedor em cada distrito (o estado possui 2 distritos). Com isso, caso um candidato ganhe no estado todo e em um distrito, ele receberá 3 votos e seu concorrente, 1.

Por que a Pensilvânia é tão importante?

Em uma resposta curta, a Pensilvânia tem 19 votos no Colégio Eleitoral, mais do que qualquer outro estado-chave. Com isso, ela se torna considerada crucial para que um dos candidatos ultrapasse os 269 votos.

Se Kamala perder na Pensilvânia, por exemplo, ela precisará vencer na Carolina do Norte ou na Geórgia para ter alguma chance de vencer. Ambos os estados, nas últimas quatro décadas votaram apenas três vezes em candidatos democratas.

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Por outro lado, se Trump perder na Pensilvânia, ele precisará vencer em Wisconsin ou Michigan, que só votaram em um republicano uma vez desde a década de 1980 — em Trump, há oito anos atrás.

Ambas as campanhas trataram a Pensilvânia como o estado mais importante, com Kamala e Trump passando mais tempo lá do que em qualquer outro.

As campanhas e seus aliados gastaram US$ 279,3 milhões em publicidade na Pensilvânia até 7 de outubro, mais de US$ 75 milhões à frente do segundo colocado, o Michigan, de acordo com a empresa de monitoramento AdImpact.

Como as eleições afetam o Brasil?

Apesar das eleições dos Estados Unidos não trazerem impactos diretos ao Brasil e na bolsa, analistas destacam alguns pontos que os investidores brasileiros devem ficar atentos.

De acordo com a XP Investimentos, as empresas ligadas a produtores de minerais críticos e setores com exposição a ‘investimentos verdes’ podem se beneficiar com a vitória da democrata Kamala Harris.

“Esperamos que Harris demonstre continuidade, baseando-se na agenda climática de Biden, fortalecendo políticas emblemáticas, e mantendo a liderança climática global dos EUA em acordos internacionais”, escrevem os analistas Fernando Ferreira, Jennie Li, Felipe Veiga e Júlia Aquino.

Na visão da equipe, em termos de minerais críticos — que são componentes essenciais para a transição energética — a dominância da China representa uma vulnerabilidade estratégica para os Estados Unidos.

Nesse cenário, o Brasil pode ser uma “solução”, já que o país tem o potencial de se tornar um fornecedor alternativo importante para o gigante asiático, segundo os analistas.

Com base nisso, a XP aposta em três ações com exposição a maior nível de investimento verde. São elas:

Além destas,  Vale (VALE3) — um dos pesos-pesados do Ibovespa (IBOV) — aparece na lista da XP por ser uma empresa produtora de minerais críticos, em especial de níquel e cobalto.

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Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
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