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E-commerce registra maior crescimento na América Latina, revela estudo

27 nov 2021, 9:00 - atualizado em 26 nov 2021, 8:11
E-commerce Consumo
Especificamente, no Brasil, 73% dos entrevistados consideram a conveniência e agilidade da entrega como fatores tão relevantes quanto o preço na hora de comprar online (Imagem: Freepik/@snowing)

O hábito de compra online veio para ficar e não só isso: o e-commerce teve um impacto muito mais significativo na América Latina durante a pandemia do que em outras regiões do mundo. É o que revela estudo elaborado pela Enext, empresa focada em soluções para negócios digitais, em parceria com a Wunderman Thompson.

Para entender mais sobre experiências regionais, foram entrevistadas mais de 28 mil pessoas em todo o mundo, e o resultado apontou um crescimento inédito na América Latina.

O estudo avaliou que 81% dos consumidores na região consideraram o varejo online um fator essencial para o seu dia a dia durante a pandemia, enquanto 72% usuários revelaram o mesmo no restante do mundo.

“Mesmo com um mercado, talvez, menos maduro que em outras regiões, o isolamento social atraiu novos consumidores para o comércio online. Isso provocou um crescimento exponencial na demanda desses canais”, explica Gabriel Lima, CEO da Enext.

Para esse avanço ganhar destaque, o atendimento e os preços foram pilares fundamentais na decisão de compra dos consumidores latino-americanos.

Especificamente, no Brasil, 73% dos entrevistados consideram a conveniência e agilidade da entrega como fatores tão relevantes quanto o preço. “Ou seja, para o brasileiro, quanto mais rápido o prazo de entrega, mais a decisão de compra se torna atrativa”, analisa Lima.

Com base no comportamento desse setor, é possível afirmar ainda que os marketplaces, em especial, foram fundamentais para trazer um novo hábito de compra aos consumidores. Esses canais se transformaram em grandes centralizadores de atração de público, com destaque para o Mercado Livre (MELI34).

O CEO da Enext expõe ainda que as marcas precisam entender a necessidade de investimento em distribuição, se atentando às operações DTC – direct-to-consumer, uma vez que os consumidores estão dando atenção especial para o preço praticado e a velocidade na entrega.

“O consumidor latino-americano já tem esses parâmetros na decisão de compra e claramente esses serão os diferenciais competitivos no varejo online. É notório que os marketplaces subiram a barra de experiência, reduzindo o prazo de entrega. A partir de agora os consumidores não esperam nada, além disso em sua experiência de compra, independente do canal online”, alerta.

Lima ressalta que os Delivery Apps (Rappi, iFood, Uber Eats, etc.) também tiveram destaque na região.

O estudo apontou que a evolução foi bastante expressiva e atualmente eles se tornaram ferramentas de compras frequentes para 1/3 de seus consumidores que fazem pedidos semanalmente. Entre eles, 42% usam para adquirir alimentos e 12% em farmácia e saúde.

A pesquisa aponta que os consumidores na América Latina são os mais predispostos a adquirir produtos de qualquer categoria online, com destaque para alimentos e bebidas. Nessa categoria, esses itens têm uma taxa de rejeição global de 20%, já na América Latina o índice é de apenas 10%.

“Em resumo, o consumidor latino-americano incluiu em seu hábito a compra online. Esse panorama auxilia o comércio eletrônico a operar com boas estratégias independentes da categoria de produtos que vendem”, conclui Gabriel Lima.