E-commerce: Americanas (AMER3) deve superar rivais no 1T22, apesar de ataque cibernético
Ainda que o planejamento de e-commerce da Americanas (AMER3) tenha enfrentado alguns desafios pelo ataque cibernético no primeiro trimestre de 2022, a visão da XP continua positiva para os resultados da varejista.
Para os analistas Tiago Suedt e Gustavo Senday e a head de varejo Danniela Eiger, a companhia deve continuar “a ter uma performance superior à de seus pares (Magazine Luiza [MGLU3] e Via [VIIA3]) por conta de sua menor exposição a bens duráveis”.
Considerando o segmento de e-commerce em geral, a corretora estima que os resultados devem continuar sendo pressionados pelo cenário macro desafiador, mas veem melhora na dinâmica de margem, uma vez que as companhias aumentaram suas taxas de comissão a partir de 2022.
Varejo tradicional
De modo geral, os resultados para varejistas tradicionais devem ser mistos, com destaque sendo a alta renda novamente, segundo a XP.
De acordo com Suedt, Senday e Eiger, a demanda do segmento segue sólida, enquanto as companhias tem pricing power (poder de precificação) para proteger margens do aumento de custos.
O varejo alimentar já reportou uma sólida performance de vendas, na avaliação da corretora, com forte recuperação em relação ao quarto trimestre do ano passado. No setor, a perspectiva positiva vai para o Assaí (ASAI3).
Na avaliação dos analistas, a empresa de atacarejo e o Carrefour Brasil (CRFB3) devem apresentar margens robustas. A leve pressão deve vir por conta dos planos de expansão.
No caso do GPA (PCAR3), a XP acredita que o grupo deve enfrentar alguns problemas em virtude dos impactos negativos que o fechamento das lojas Extra causou. O Grupo Éxito deverá seguir sólido.
Também deve apresentar bons resultados o varejo farmacêutico.
Segundo a XP, a Panvel (PNVL3) deve ser o destaque positivo do trimestre, enquanto a D1000 (DMVF3) deve ser o negativo.
As farmácias podem se beneficiar de uma demanda mais forte no trimestre de medicamentos/OTCs e testes de Covid devido ao surto de Ômicron e Influenza (H3N2) no período. Porém, os analistas estimam que as margens devem vir pressionadas pelo impacto da inflação e pela abertura de lojas nas despesas operacionais.
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