É bom ter cautela com as ações do BMG, avaliam analistas
O BMG (BMGB4) mostrou que agiu rapidamente durante a crise para ao menos minimizar os impactos da pandemia de covid-19 sobre suas operações. Isso foi comprovado no balanço do segundo trimestre do ano, no qual a companhia registrou um avanço anual de 20,2% no lucro líquido recorrente, que atingiu R$ 101 milhões.
A carteira de varejo também conseguiu crescer, atingindo R$ 10,5 milhões. O número de clientes ativos chegou a 4,5 milhões ao fim de junho, representando um aumento de 19,4% nos últimos 12 meses.
“Em meio ao ambiente desafiador imposto pela pandemia, o banco conseguiu crescer carteira, melhorar margem financeira, e se manter resiliente em sua estratégia de crescimento, inclusive aproveitando a aceleração digital para robustecer sua atuação no modelo figital (físico + digital)”, comentaram Rafael Reis e Wesley Bernabé, analistas do BB Investimentos.
Um fator negativo apontado por Reis e Bernabé foi o nível de inadimplência. Mesmo tendo encerrado junho estável, espera-se que o indicador mostre deterioração mais profunda nos próximos trimestres.
“À medida que a parcela da população que perfaz seu público-alvo caminha para maior fragilidade financeira, começaremos a verificar a profundidade do impacto da inadimplência, e veremos se o crescimento da carteira se deu de maneira sustentável”, afirmaram.
Até ter mais visibilidade sobre os números do banco, o BB Investimentos segue com recomendação de manutenção e preço-alvo para 2020 de R$ 7,50.