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E agora, Vale (VALE3)? Ação é derrubada pelo minério de ferro; mercado também repercute decisão sobre CEO

11 mar 2024, 14:24 - atualizado em 11 mar 2024, 14:24
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Vale tem performance pressionada na bolsa com tombo do minério de ferro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Ações de empresas do setor de mineração e siderurgia caem em bloco nesta segunda-feira (11). Elas são os destaques de baixa do Ibovespa na sessão, inclusive.

Os papéis da Usiminas (USIM5) perdiam 4,33% por volta das 14h20, seguidos por CSN Mineração (CMIN3), com recuo de 3,30%, diante da repercussão do tombo dos preços do minério de ferro nos mercados asiáticos.

A commodity atingiu o menor valor em mais de quatro meses, com traders alimentando preocupações com o mercado de aço e seus fundamentos persistentemente fracos.

Em Dalian, na China, o contrato de maio de minério de ferro mais negociado teve queda de 5,41%, a 831 iuanes (ou US$ 115,68) a tonelada, menor valor desde o fim de outubro do ano passado.

Já em Cingapura, o minério de ferro de referência para abril derreteu 6,71%, a US$ 107,45 a tonelada, menor preço desde agosto.

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Decisão sobre CEO não alivia ações da Vale

Caindo 2,92%, a Vale (VALE3) também era um dos destaques negativos do dia. Além do minério de ferro, o mercado tem no radar a tão aguardada decisão sobre o futuro da gestão da companhia.

Na última sexta, o conselho de administração da Vale decidiu pela extensão do mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, até 31 de dezembro de 2024.

Em paralelo, o colegiado concordou em abrir um processo de sucessão, em linha com sua política de governança corporativa.

Bartolomeo, cujo mandato terminaria no fim de maio deste ano, apoiará a transição para a nova liderança no início de 2025. O executivo atuará como advisor da companhia até 31 de dezembro de 2025, acrescentou a mineradora, em fato relevante.

A avaliação sobre a decisão dos analistas da Genial Investimentos é “parcialmente negativa”. Isso porque a renovação do contrato de Bartolomeo por um prazo tão curto sugere que a discussão quanto ao nome definitivo para assumir a partir de 2025 continuará nos próximos meses.

“A decisão tomada de estender o mandato do Bartolomeo até dezembro não remove incertezas, e na nossa visão, continua a abrir caminho para que o governo pressione por algum nome alinhado aos seus interesses”, comenta.

Já o Itaú BBA enxerga a decisão como notícia positiva para a mineradora.

“Enquanto investidores podem olhar isso como ‘neutro’ do ponto de vista operacional/estratégico (manutenção do status quo), a decisão do conselho elimina o overhang relacionado à potencial mudança na posição de CEO, que tem sido objeto de interferências externas nos últimos meses”, diz a instituição.

Na visão do BBA, a transição para um novo CEO em 2025 pode prosseguir agora de forma mais suave, indo por um caminho mais organizado.

Genial e BBA têm recomendação de compra para as ações da Vale.