E agora, Brasil? Para BTG, temporada de resultados é a mais decepcionante desde 2017
“Temporada de resultados do primeiro trimestre se mostrou fraca”. É com este título que a equipe do BTG Pactual (BPAC11) divulgou relatório sobre os resultados das empresas no Brasil durante os três primeiros meses do ano.
Os analistas Carlos Sequeira, head de pesquisa da América Latina, e Bernardo Teixeira e Osni Carfi calcularam que 31% das empresas apresentaram números superiores ao esperado, e 28% relataram resultados mais fracos do que o projetado.
A lacuna de 3 pontos percentuais é a menor diferença positiva dos últimos cinco trimestres. Nos três meses finais de 2018, a diferença foi de 16 pontos percentuais. Já no terceiro trimestre do último ano, foi de 20 pontos percentuais.
A instituição destaca a queda nas expectativas. “Claramente, um ambiente econômico mais fraco do que o esperado está por trás da deterioração na qualidade dos resultados”, dizem os analistas.
Excluindo os resultados obtidos por Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3), as receitas consolidadas e os lucros líquidos foram 0,6% e 7,9%, respectivamente, abaixo das projeções do BTG Pactual. Por outro lado, o Ebitda (geração operacional de caixa) veio 1,1% acima das estimativas.
Mesmo assim, os analistas destacam que o Ebitda e o lucro líquido (excluindo Petrobras e Vale) cresceram 11,4% e 12,1% – respectivamente – na base anual de comparação.
“Quando olhamos para setores diferentes, agronegócio, imobiliário e aluguel de veículos com logística, vemos destaques positivos no trimestre”, finalizam os analistas.