E a Selic? Campos Neto vai à protesto dos servidores do Banco Central em dia do Copom
Nesta quarta-feira (01), o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir o futuro da taxa Selic. No entanto, o Banco Central está passando por uma “operação-padrão” – que é uma diminuição dos trabalhos – por parte dos servidores da autoridade monetária.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição foram ao protesto que está acontecendo hoje na sede do Banco Central, em Brasília, como sinal de apoio aos funcionários.
Segundo informações do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), essa é a terceira fase da chamada “operação-Padrão” na autarquia. Também não está descartada uma greve ainda em novembro – no ano passado, o BC passou por uma greve que durou três meses.
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Em nota divulgada à imprensa, o sindicato destaca que a medida foi definida em assembleia, na última quinta-feira (26) e que conta com o apoio de mais de 70% dos servidores.
“A medida se dá diante da falta de devolutivas do governo à pauta de valorização da carreira de especialista – que
contempla demandas remuneratórias e não remuneratórias -, aprovada pela categoria ainda em 2022 e apresentada ao Executivo no primeiro semestre deste ano”, diz o documento.
A paralisação deve impactar projetos como a moeda digital Drex e o Pix Parcelado. Também podem ser afetadas as apresentações de dados referentes à atividade econômica e atividades cotidianas de supervisão.
Reunião do Copom: Como fica a Selic?
Na reunião de novembro, o Copom deve promover mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está no patamar de 12,75% ao ano. Se o reajuste for confirmado, a Selic vai para o patamar de 12,25%.
Tanto o Banco Central, quanto o mercado projetam mais uma redução do mesmo calibre na reunião de dezembro. Com isso, a taxa de juros deve fechar o ano em 11,75%. Para o próximo ano, o ritmo do afrouxamento da política monetário ainda é incerto.
O BC iniciou os cortes da taxa básica de juros em agosto deste ano, quando os juros estavam em 13,75%. Até agora, já foram feitos dois cortes de 0,50 p.p., que levaram a Selic para 12,75%.