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DWS, do Deutsche Bank, é processado por suposta prática de greenwashing

24 out 2022, 11:43 - atualizado em 24 out 2022, 11:43
A DWS, que nega repetidamente ter enganado os investidores, rejeita as alegações do grupo, que representa os consumidores no Estado alemão de Baden-Wuerttemberg (Imagem: REUTERS/Ralph Orlowski)

Um grupo de consumidores alemão abriu processo contra a unidade de gerenciamento de ativos do Deutsche Bank, DWS, por supostamente não informar corretamente as características de incentivo à proteção ambiental de um fundo no material de promoção dele.

O processo ocorre no momento em que autoridades alemãs e norte-americanas investigam relatórios e alegações de um denunciante de que a DWS exagerou nos atributos de sustentabilidade dos investimentos que vendeu – uma prática conhecida como “greenwashing”.

A DWS, que nega repetidamente ter enganado os investidores, rejeita as alegações do grupo, que representa os consumidores no Estado alemão de Baden-Wuerttemberg.

O grupo disse que entrou com uma ação contra a DWS em 26 de setembro em um tribunal de Frankfurt, que marcou uma audiência para 10 de março.

A ação movida pelo grupo, em conexão com o fundo DWS Invest ESG Climate Tech, afirma que a gerenciadora de ativos disse aos investidores em material de marketing que não investe em setores controversos, como a indústria do carvão.

O grupo diz que a resposta é “confusa” para os consumidores porque o material também afirma que as participações em fundos poderiam incluir empresas com até 15% do faturamento desse setor.

“A questão é se isso está claro para todos”, disse Niels Nauhauser, que supervisiona os tópicos financeiros do grupo.

A DWS rejeita as alegações, dizendo que toma muito cuidado na preparação do material de marketing. “Examinamos os documentos em foco em detalhes e continuamos convencidos de que as comunicações publicitárias do DWS… cumprem os requisitos legais”, disse a empresa.

O processo contra a DWS é um de vários movidos pelo grupo de consumidores contra empresas financeiras por supostamente superestimar as credenciais “verdes” dos investimentos que promove.

Asoka Woehrmann renunciou ao cargo de presidente-executivo da DWS em junho, depois que promotores alemães fizeram uma operação nos escritórios da empresa e do Deutsche Bank em Frankfurt por alegações de prática de greenwashing e investimentos enganosos.

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