Dúvida sobre o maior emissor de carbono do mundo complica conversas da COP26
Disputas a respeito de financiamento estão complicando os esforços para se chegar a um acordo nas negociações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, uma vez que países em desenvolvimento pressionam para que nações ricas arquem com os custos da mudança climática.
Parte do problema é que não existe resposta simples quanto a quem é o maior emissor dos gases de efeito estufa que causam o aquecimento global, uma acusação que os países em desenvolvimento lançam contra os ricos.
Embora China e Estados Unidos liderem o quadro de emissões, historicamente e em termos de cifras absolutas atuais, em uma base per capita, a China cai no ranking e o Catar, que produz toda a sua energia com petróleo e gás emissores de dióxido de carbono (CO2), dispara para o topo, segundo números do Our World in Data.
O Reino Unido, anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) em Glasgow, na Escócia, pode ser considerado o local em que o aquecimento global surgiu, já que por volta de 1750 foi o berço da Revolução Industrial movida a carvão — a forma mais poluente de combustível fóssil.
O país foi o maior emissor de CO2 até 1911, quando os EUA assumiram a primeira posição.
Os EUA continuam sendo um grande emissor desde então, e embora a China os tenha superado em termos de emissões absolutas por ano, no total esta só emitiu cerca de metade do CO2 total gerado pelos EUA desde meados do século 18.