Duratex inicia sessão em queda mesmo com melhora no resultado trimestral
Por Investing.com – Após apresentar crescimento de 4,5 vezes no lucro líquido do terceiro trimestre, para um total de R$ 376,3 milhões, as ações da Duratex (DTEX3) operam em queda de 1,50% a R$ 11,86. Os números foram impactados pela venda de áreas rurais e florestas para a Suzano (SUZB3), anunciada em julho, e despesas relacionadas à alienação para o grupo Eucatex (EUCA4) de instalações e equipamentos destinados à produção de chapas finas de fibra de madeira, em fevereiro.
Para a Coinvalores, a companhia apresentou bom desempenho neste 3T18, com crescimento na receita líquida consolidada em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento da receita reflete tanto a melhora do mercado interno, com maior volume vendido nas três divisões de negócios e aumento de preços, quanto do mercado externo, decorrente da depreciação cambial.
A corretora ressalta que da receita total, R$ 235,1 milhões referem-se à venda de ativos biológicos. O crescimento da receita aliado a um maior controle de custos e despesas e uma menor alavancagem, com redução de custo e alongamento de prazos, elevaram a geração de caixa da companhia, resultando em um bottom line mais positivo.
Os analistas esperam por uma reação positiva do mercado pela melhora de seus números, mesmo em um cenário econômico fraco. No comparativo com seus pares, a companhia continua se destacando. As outras empresas do mesmo setor ainda vêm apresentando números piores como foi o caso da Portobello (SA:PTBL3) que teve um pequeno crescimento de 0,5% em sua receita líquida neste 3T18, já o EBITDA e o resultado final vieram piores neste trimestre em análise se comparado ao 3T17.
Excluindo estes e outros eventos não recorrentes, a Duratex apurou um lucro líquido de R$ 61,5 milhões, alta de 18%. A receita da companhia, na mesma base de comparação, cresceu 48,4%, indo de R$ 1 bilhão para R$ 1,5 bilhão. A receita com o mercado interno cresceu 46,7%, para R$ 1,2 bilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou três vezes ante o terceiro trimestre do ano passado, para R$ 903 milhões. O Ebitda recorrente, que exclui eventos extraordinários, cresceu 2%, para R$ 209,5 milhões, mas a margem recuou de 20,1% para 16,4%.