Duratex e Gerdau devem continuar se beneficiando da melhora da demanda por materiais de construção, diz Ágora
O mercado aquecido de materiais de construção deve continuar beneficiando as operações da Duratex (DTEX3) e da Gerdau (GGBR4), afirma a Ágora em relatório.
“Setores expostos à construção têm se recuperado fortemente dos pontos baixos do segundo trimestre, impulsionados pela construção civil e varejo, conforme as renovações de casas continuam a ser realizadas, enquanto os empreendimentos mobiliários lançados no final de 2019 continuam avançando”, afirmou o analista Thiago Lofiego.
Para 2020, a associação do setor, a Abramat (Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção), reduziu o tombo das receitas de matérias de construção de 7% para 2,8% no comparativo anual diante da alta verificada nos últimos meses.
Só em setembro, as receitas aumentaram 3,8% anualmente, o terceiro aumento consecutivo (ainda -5,6% ano a ano).
O presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, afirmou que a estimativa de contração da receita de 2,8% é conservadora e pode sofrer nova alteração, a depender da demanda, e até apresentar pequeno aumento em relação a 2019.
“As perspectivas da associação para 2021 são construtivas, tendo em conta a ainda sólida procura de varejo e construção imobiliária residencial, o programa habitacional Casa Verde Amarela e a perspectiva de retomada das obras de infraestruturas”, completou o analista.
A recomendação da Ágora é de compra para Gerdau e Duratex.
Venda de cimento
O cimento é outro setor que está em pleno crescimento. A venda no Brasil saltou 21,1% em setembro sobre mesmo mês de 2019, a 5,76 milhões de toneladas, com impulso dos segmentos de construção residencial e pequenas reformas, segundo dados da entidade que representa os fabricantes do insumo, Snic.
Sobre agosto, as vendas tiveram ligeiro incremento de 0,3%. No acumulando no ano até setembro, o crescimento foi de 9,2%, a 44,45 milhões de toneladas.