Duelo entre Suíça e Sérvia na Copa ressuscita memórias de tensões políticas
Suíça e Sérvia lutarão pelo último lugar do Grupo G nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar na sexta-feira, em uma reedição do confronto da Copa do Mundo de 2018 que poderá reacender as tensões políticas entre as equipes.
A Suíça, com três pontos, parece bem posicionada para se juntar ao Brasil nas oitavas de final.
Uma vitória sobre a Sérvia garantiria aos suíços uma vaga na próxima fase, enquanto um empate também seria suficiente, a menos que Camarões conseguisse uma vitória contra o Brasil, o que significaria que a vaga seria decidida no saldo de gols.
A Suíça e a Sérvia –que assim com Camarões precisa de uma vitória para ter uma chance de avançar– só jogaram uma vez, na fase de grupos da Copa do Mundo de 2018.
Essa partida permanece gravada na memória dos torcedores como uma partida com fortes implicações políticas.
O meio-campista suíço Granit Xhaka, nascido na Basiléia e que tem pais de etnia albanesa de Kosovo, celebrou seu gol contra a Sérvia formando com suas mãos uma águia de cabeça dupla, um símbolo nacionalista albanês que pode ser encontrado na bandeira da Albânia.
Xherdan Shaqiri –nascido em Kosovo, país que declarou sua independência da Sérvia em 2008– fez o segundo gol suíço e replicou a celebração de Xhaka na vitória por 2 x 1 na fase de grupos, enfurecendo a seleção sérvia e levando a Fifa a multar ambos os jogadores por comportamento antidesportivo.
Shaqiri, que não jogou na derrota da Suíça para o Brasil por 1 x 0 na segunda-feira devido a um problema muscular, mas deve voltar contra a Sérvia, disse em referência à partida de 2018 que os suíços estavam no Catar para jogar futebol.
A controvérsia sobre Kosovo já atingiu a Sérvia nesta Copa do Mundo, com a abertura de um processo pela Fifa contra a federação de futebol do país após uma bandeira que mostrava Kosovo como parte do território sérvio ter sido supostamente pendurada no vestiário quando enfrentaram o Brasil.
A Federação de Futebol de Kosovo, que se tornou membro da Uefa e da Fifa em 2016, condenou o que chamou de “ação agressiva” empreendida pela Sérvia.
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