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Duas elétricas com dividendos acima da média em 2023, segundo a Genial

20 jan 2023, 16:08 - atualizado em 20 jan 2023, 16:08
dividendos
Veja em quais elétricas apostas para obter dividendos em 2023 (Imagem: Pixabay/Silberfuchs)

Para a Genial Investimentos, a AES Brasil (AESB3) e a Auren (AURE3) são duas grandes oportunidades de dividendos para 2023. Apesar disto, a casa de análises tem recomendação “manter” para ambas, com preço-alvo de R$ 10,40 e R$ 15, respectivamente.

A Genial destaca que considera apenas os dividendos regulares, ou seja, aqueles que puderam ser estimados a partir do lucro líquido contábil das empresas no ano corrente.

“Endividamento saudáveis e perspectivas razoáveis na redução de investimentos pode levar as empresas a serem mais generosas na distribuição de proventos para além dos seus lucros no ano corrente.”, explica.

Neste cenário, a corretora aponta AESB3 e AURE3 como nomes com grande potencial de distribuição de dividendos para muito além das estimativas, ainda que observem rendimento relevante apenas no caso da Auren.

Sob cobertura da Genial no setor elétrico, há ainda Engie (EGIE3) e Eletrobras (ELET3), sendo esta última a preferida no setor.

Para EGIE3, a recomendação também é de manter, com preço-alvo de R$ 41. ELET3 é a única com recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 52.

AES Brasil

A Genial cortou o preço-alvo da AES Brasil de R$ 13 para R$ 10,40. A corretora pontua que o grande impacto nas estimativas da companhia diz respeito ao novo preço dos contratos de energia de longo prazo, maior custo de capital e de dívida.

Além disso, destaca que a companhia opera com um endividamento maior que seus pares devido as suas recentes aquisições, investimentos em novos projetos e contínua generosidade no que diz respeito ao pagamento de dividendos.

Auren

Em relação à Auren, a casa de análises diz que, nos atuais níveis de preço, enxergam a empresa negociando com uma taxa interna de retorno de 8% em termos reais, o que é interessante, apesar da preferência da Genial por outra elétrica.

Segundo a Genial, pesa a favor da empresa um portfólio de geração já razoavelmente contratado nos próximos três anos, baixo endividamento, baixo volume de investimentos com os projetos atuais e um generoso fluxo de caixa derivado da indenização da Usina Três Irmãos (R$1,7 bilhões a serem pagos em sete anos a partir de outubro/23, ajustados pela Selic).

“Sendo assim, o principal nome do segmento com amplo espaço em seu balanço para distribuição de proventos nos próximos anos a depender da ausência de novos projetos. De acordo com as nossas estimativas, o rendimento em dividendos esperada pode ficar acima dos 10%, sem grandes impactos no endividamento da empresa”, avaliam.