Duas distribuidoras devem ser destaque positivo no 1T22 do setor elétrico, diz Itaú BBA
A temporada de resultados do setor elétrico do 1T22 está chegando e a expectativa do Itaú BBA segue otimista em relação às distribuidoras de energia, com destaque para Equatorial (EQTL3) e CPFL Energia (CPFE3).
De acordo com o Itaú, a visão positiva para o segmento de distribuição vem devido ao desempenho operacional, ganhos de eficiência e o descasamento positivo do IGP-M.
Seguindo nesta linha, para a CPFL, a instituição bancária espera que o resultado seja impulsionado principalmente pela distribuição, “que deve apresentar um bom desempenho operacional, com melhoria no índice de perdas e custos/despesas controlados, além do impacto positivo dos reajustes tarifários decorrente do nível mais elevado do IGP-M”.
Os analistas projetam o crescimento anual do Ebitda de 26%.
Já para a Equatorial, a prévia operacional da companhia mostrou crescimento robusto de volume (3,5% acima do reportado um ano antes), com destaque para Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D), que teve alta de 6% no volume, diz o Itaú BBA.
“Projetamos crescimento do resultado operacional (Ebitda) recorrente de 41% na comparação anual diante de avanços operacionais e efeito positivo da escalada do IGP-M no resultado de algumas concessões”, afirmam Marcelo de Sá e sua equipe, em relatório divulgado nesta segunda-feira (2).
Energias do Brasil e Copel
Olhando as outras elétricas, para a Energias do Brasil (ENBR3), o Itaú BBA diz esperar um crescimento do volume, liderado principalmente pela concessão de EDP Espírito Santo.
Contudo, o banco não estima uma redução significativa das perdas e espera que as despesas gerenciáveis cresçam em linha com a inflação.
Para a Copel (CPLE11), a estimativa do Ebtida é “levemente mais fraco na comparação anual devido ao segmento de geração, mais especificamente, do segmento térmico (o despacho nesse tri deve ser nulo)”.
Apesar disso, a instituição bancária vê uma boa performance do ramo de distribuição, “com crescimento sólido do volume, além de um índice de perdas estável e custos/despesas crescendo abaixo da inflação”.
Cemig e Light
Devido ao efeito combinado de temperaturas mais baixas e migração de clientes para a geração distribuída, a perspectiva do banco para a Ceming (CMIG4) é de uma redução no volume das distribuidoras. Entretanto, o Itaú BBA projeta custos/despesas controlados, e perdas abaixo do nível regulatório.
“Nos segmentos de Geração/Transmissão, o resultado será impulsionado pelos volumes de venda mais elevados, custos relativos ao GSF (Generation Scaling Factor) menores, aliados à uma boa estratégia da comercialização”.
Em relação a Light (LIGT3), a instituição projeta redução do volume por volta de 3% em um ano, “resultado do impacto dos clientes residenciais e de outras concessionárias”. Para as perdas, o banco espera que o índice se mantenha inalterado em relação ao trimestre anterior.
“A notícia positiva deverá vir do lado dos custos e despesas, que devem se mostrar controlados, além de potencial queda na inadimplência. Em contrapartida, devemos ver uma pressão vindo de despesa financeira como resposta ao contexto macroeconômico e uma maior taxa Selic“, explicam.
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