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Duas construtoras estão uma pechincha e guardam potencial de alta de 50% na Bolsa

17 jul 2021, 15:12 - atualizado em 19 jul 2021, 14:30
Moura Dubeux
Enquanto o Ibovespa já disparou 52% desde o pior momento da pandemia, o Imob, índice que reúne as empresas do setor, subiu 40% (Imagem: Moura Dubeux/Youtube)

O setor imobiliário sofreu bastante os efeitos da Covid-19 e ainda não se recuperou completamente do seu tombo. Enquanto o Ibovespa já disparou 52% desde o pior momento da pandemia, o Imob, índice que reúne as empresas do setor, subiu 40% no mesmo período, o que abre uma janela de oportunidades, argumenta o Safra.

Além disso, o banco destaca a expansão do crédito imobiliário, a disputa por crédito mais barato entre os bancos e a demanda suprimida por novas unidades para atender a classe média e alta.

Com isso, o Safra iniciou a cobertura das ações de duas construtoras: a Mitre (MTRE3) e a Moura Dubeux (MDNE3), com grande potencial de alta.

Veja no quadro a seguir a recomendação do Safra:

Empresa Recomendação Preço-alvo Potencial de valorização*
Mitre Compra R$ 17,80 47%
Moura Dubeux Compra R$ 15 64%

* em relação ao último fechamento

De acordo com os analistas Luiz Peçanha e Antonio Castruci, as ações da Mitre estão sendo negociadas a um preço sobre valor contábil (P/BV) de apenas 1,2 vezes para 2022 com um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 16%.

“Isso indica uma relação ROE/BV atraente de 14%, um dos indicadores mais alto em toda a nossa cobertura”, apontam.

A dupla também lembra que o valor patrimonial líquido (NAV, na sigla em inglês) da empresa representa 93% do seu atual valor de mercado de R$ 1,3 bilhão.

“Em suma, a Mitre pretende dobrar os lançamentos já em 2021, alcançando R$ 1,75 bilhão, apresentando excelentes relações de vendas sobre oferta (VSO), o que nos leva a prever um rápido aumento das receitas da empresa no futuro”, dizem.

Para eles, se a empresa se mantiver enxuta, com controle de gastos e despesas administrativas e, ao mesmo tempo, executar o seu plano de expansão, terá uma alta agressiva de lucro por ação, alcançando taxa de crescimento anual composta de 75% entre 2021 e 2024.

As vendas líquidas da Mitre dispararam 442% no segundo trimestre de 2021 ante mesmo período do ano passado, totalizando R$ 188,4 milhões.

As Vendas sobre Oferta (VSO) ficaram em 57%, mantendo um dos maiores índices do setor.

Além disso, os especialistas colocam que a Moura Dubeux tem apresentado vendas mais saudáveis, com menores cancelamentos e menor alavancagem financeira (Imagem: Divulgação)

Moura Dubeux não fica atrás

A construtora nordestina, que chegou na Bolsa recentemente, também não fica atrás. Pelos cálculos do Safra, a empresa está sendo negociada a 0,7 vezes o preço sobre valor contábil (P/BV), entregando um ROE de 12,2% em 2022, o que indica uma relação ROE/BV atraente de 18%, “o mais alto em nossa cobertura”.

“Com lançamentos e vendas crescendo nos próximos anos, esperamos um forte aumento na receita da Moura Dubeux, enquanto a margem bruta da empresa também deverá se beneficiar da maior penetração de novos lançamentos em seus resultados”, destaca.

Além disso, os especialistas colocam que a companhia apresenta vendas mais saudáveis, com menores cancelamentos e menor alavancagem financeira, desde que realizou sua reorganização de seus processos internos.

“Com lançamentos e vendas crescendo significativamente nos próximos anos, nós esperamos uma retomada mais rápida nas receitas da Moura Dubeux no futuro, enquanto sua margem bruta também se beneficiará da maior penetração dos lançamentos em seus resultados”, argumentam.

No segundo trimestre, a construtora apurou alta de 456% no valor geral de vendas (VGV) de lançamentos, somando R$ 501 milhões.

As ações da Moura tem queda de 9% em 2021 enquanto a Mitre desabou 26% no período.