Comprar ou vender?

Duas ações que podem quase dobrar de preço, segundo Itaú e XP

02 jul 2024, 19:45 - atualizado em 02 jul 2024, 20:04
(Imagem: Canva Pró)

Ações que guardam grande potencial de alta são sempre desejadas por investidores. Em um mercado com tom bastante pessimista, alguns papéis derreteram com motivos, enquanto outros estão mal precificados.

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Em relatórios recentes, Itaú BBA e XP Investimentos atualizaram perspectivas de duas ações de setores diferentes: Oncoclínicas (ONCO3) e Unifique (FIQE3). Em comum, as duas empresas possuem potencial de quase dobrar de preço até 2025, com recomendação de compra.

Veja a seguir:

Unifique

Os analistas da XP atualizaram os resultados do primeiro trimestre com projeções macro e de crescimento orgânico. Com isso, a corretora chegou no preço-alvo de R$ 7, potencial de alta de 100% ante o último fechamento.

Segundo Bernardo Guttmann e Marco Nardini, que assinam o relatório, a recomendação reflete:

  1. potencial de crescimento;
  2. margens sólidas;
  3. possibilidade de uma reclassificação, pois há um atraente risco-recompensa nos múltiplos atuais quando comparados com as outras empresas;

Os analistas lembram, porém, que desde o seu IPO (abertura de capital), em dezembro de 2021, o papel acumula queda de 61%, fruto do baixo crescimento, principalmente refletindo um ambiente macroeconômico mais desafiador.

Por outro lado, dizem, é importante ressaltar a capacidade de geração de caixa do negócio, o que contribui para uma forte estrutura de capital, com rentabilidade FCF (fluxo livre de caixa) de 15% em 2025.

“Além disso, a empresa mantém menor nível de alavancagem e investimentos tanto em FTTH (fibra óptica) e 5G. Com isso, nosso Capex (investimentos) é aproximadamente 40% menor e a dívida líquida é 61% menor. Atualmente, a Unifique possui o menor nível de endividamento em comparação a todas as outras empresas listadas, com relação dívida líquida/Ebitda de 0,5x no primeiro trimestre de 2024”, completam.

A empresa também já iniciou a implantação do seu 5G, com aproximadamente 17 mil clientes móveis em abril de 2024, de acordo com dados da Anatel. Porém, a XP não possui visibilidade sobre o ritmo de implementação.

“Considerando que o plano é conservador e economicamente limitado, decidimos não incorporar os números do 5G em nossas projeções”, explica.

Oncoclínicas

No caso da Oncoclínicas, o potencial é menor, de 72%, com preço-alvo de R$ 11, mas mesmo assim considerável. O papel, inclusive, fechou em disparada de 7% na sessão desta terça.

Segundo os analistas do Itaú BBA, o primeiro trimestre da empresa apresentou um cenário desafiador, com a companhia ainda afetada por pressões de algumas operadoras de planos de saúde que deterioraram seu ciclo de conversão de caixa e aumentaram a alavancagem financeira.

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Em maio, a empresa anunciou reforço no balanço de R$ 1,5 bilhão com a emissão de 115.384.616 novas ações. Dois fundos de participações ligados ao Banco Master se comprometeram a injetar R$ 1 bilhão no aumento de capital.

De acordo com o analista, o valor permitirá à empresa reduzir sua alavancagem financeira de 4,3x para 2,8x (incluindo aquisições a pagar), o que é um fator significativo na tese.

“Considerando os resultados desafiadores do primeiro trimestre, revisamos para baixo nossa projeção de lucro (embora parcialmente compensada pelo aumento de capital), mas agora nos aproximando das estimativas do consenso do mercado”, diz.

Ainda de acordo com o BBA, apesar de uma revisão significativa dos principais números, o desempenho das ações parece já incorporar os cortes das projeções.

Portanto, a corretora considera atraente a negociação de ações a 7,4x P/E (preço sobre o lucro) em 2025.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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