Drex: Caixa estuda transações offline para pagamento de Bolsa Família e Seguro-Desemprego

A Caixa Econômica Federal estuda a possibilidade de implementar o pagamento do Bolsa Família e do Seguro-Desemprego com o Drex, a moeda digital que está em desenvolvimento pelo Banco Central.

O real digital, que ainda está em fase de testes e tem previsão de lançamento para o fim de 2024, estará em uma plataforma blockchain que possibilitará a transações no sistema financeiro com maior rapidez e carregando maiores informações sobre a operação. Assim, será possível realizar o uso da moeda tanto online quanto offline.

Este último tópico é o que interessa à Caixa, que estuda o uso principalmente por pessoas que habitam regiões com pouco ou nenhum acesso à internet, o que facilitaria a forma como recebem o crédito. Hoje, é necessário que o beneficiário faça o saque em espécie.

A Caixa faz parte do grupo selecionado pelo BC que está testando o projeto-piloto do Drex e está desenvolvendo maneiras de a nova tecnologia encaixar na vida do brasileiro e no sistema financeiro.

Como funcionaria?

A intenção da Caixa é fazer com que o beneficiário utilize o crédito em seu cartão pré-pago do benefício. Ou seja, o valor seria transferido para um cartão (que é considerado offline) e o real será convertido em Real Digital para que o uso possa ser feito direto do cartão entregue à população em maquininhas de crédito/débito.

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“Quando o Drex passa para o cartão, já é registrado no sistema da Caixa que aquele benefício foi pago no token offline“, explica o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcos Brasiliano, em entrevista ao Valor Econômico. 

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Desta forma, a maquininha recebe as informações do cartão offline e, quando este aparelho estiver online e conectado à internet, automaticamente será contabilizado no banco do vendedor e no saldo do beneficiário.

“No momento em que esse ator [o dono da maquininha] estiver online, é a hora que ele de fato vai receber o dinheiro no banco, que toda a cadeia de informações será atualizada”, diz Basiliano.

*Com informações do Valor Econômico.