DP World e fundo canadense vão investir US$ 4,5 bilhões em portos
DP World e Caisse de Depot et Placement du Quebec fecharam um acordo para investir US$ 4,5 bilhões em seu portfólio global de terminais portuários.
A operadora de portos de Dubai e a gestora de fundo de pensão canadense anunciaram a injeção de fundos em seu empreendimento existente em comunicado na quinta-feira, confirmando reportagem anterior da Bloomberg News.
Em 2016, DP World e Caisse criaram uma plataforma de investimentos em portos globais. A meta de investimento inicial de US$ 3,7 bilhões foi atingida, disseram, e o portfólio conta com portos na América do Norte, América Latina e Ásia-Pacífico.
O novo capital será usado para desenvolver locais existentes e expandir em novas regiões, incluindo a Europa, bem como em setores como serviços de logística, de acordo com o comunicado.
Com os novos recursos, o valor total comprometido desde o início do empreendimento, onde a DP World tem fatia de 55%, soma US$ 8,2 bilhões.
“Vamos diversificar ainda mais nosso alcance geográfico e procurar aproveitar novas oportunidades em um setor que, mesmo durante um período excepcionalmente desafiador, é impulsionado por tendências fundamentais de longo prazo”, disse no comunicado Emmanuel Jaclot, vice-presidente executivo e responsável por infraestrutura do Caisse.
A DP World é uma das maiores operadoras mundiais de portos marítimos e instalações terrestres, com presença em Londres, Antuérpia, África, Rússia, Índia e Américas. A empresa liderou uma onda de aquisições nos últimos anos, comprando ativos como P&O Ferries e P&O Ferrymasters na Europa, e Puertos y Logística, no Chile.
Em fevereiro, Dubai disse que planeja fechar o capital da DP World para reduzir a dívida e evitar uma repetição da crise econômica que forçou um resgate em 2009.
Como investidor de pensões, o fundo canadense busca ativos de infraestrutura que oferecem retornos estáveis e de longo prazo.
O grupo administrava ativos de 333 bilhões de dólares canadenses (US$ 255 bilhões) no final de junho. Atualmente, investimentos fora do Canadá e dos Estados Unidos respondem por 30% do portfólio, de acordo com informações do site do fundo.