Saúde

Dose de reforço da J&J tem 85% de eficácia contra hospitalizações pela Ômicron, diz África do Sul

14 jan 2022, 11:28 - atualizado em 14 jan 2022, 11:30
A pesquisa examinou as hospitalizações entre os profissionais de saúde que haviam sido infectados durante a quarta onda, e concluiu que a dose de reforço reduziu as hospitalizações em 63% (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

A dose de reforço da vacina da Johnson e Johnson contra a Covid-19 tem 85% de eficiência na proteção contra a hospitalização pela variante Ômicron do coronavírus pelo período entre 1 a 2 meses após sua aplicação, afirmou a diretora do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul (SAMRC) nesta sexta-feira.

Glenda Gray apresentou as conclusões do estudo da SAMRC em um briefing do Ministério da Saúde da África do Sul sobre a quarta onda de Covid-19, impulsionada pela nova variante.

“Nós vimos a eficiência de 85% da vacina e vimos que esse tipo de eficácia vacinal é mantida por até dois meses”, disse. “Estamos muito contentes em reportar níveis muito altos de eficiência do imunizante contra a Ômicron.”

O estudo envolveu 477.234 profissionais de saúde, todos eles vacinados com doses da Johnson & Johnson, dos quais 236 mil –praticamente metade– receberam a dose de reforço.

A pesquisa examinou as hospitalizações entre os profissionais de saúde que haviam sido infectados durante a quarta onda, e concluiu que a dose de reforço reduziu as hospitalizações em 63% nas primeiras duas semanas após a dose de reforço, chegando a 85% depois disso para entre um a dois meses.

“Essas são as primeiras evidências do mundo de eficiência da vacina (contra a Ômicron) utilizando a vacina da Johnson & Johnson”, disse Gray.

As autoridades sul-africanas mantêm, no entanto, a preferência pela vacina da Pfizer –foram aplicadas 21 milhões de doses, três vezes mais do que as cerca de 7 milhões de doses da vacina da Johnson.