Brasil

Doria, Leite e Moro: entenda a dança das cadeiras na política na última semana

13 jun 2022, 16:08 - atualizado em 13 jun 2022, 16:08
Doria lutou por apoio de seu próprio partido, o PSDB, para concorrer à presidência em outubro (Imagem: Facebook João Doria)

Após sair da corrida pela presidência, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) voltará a trabalhar na iniciativa privada, conforme anunciou nesta segunda-feira (13).

Também no dia de hoje, Eduardo Leite (PSDB) anunciou mudanças em seus planos com relação ao governo do Rio Grande do Sul, enquanto o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) informou que nesta terça-feira (14) fará pronunciamento sobre seu futuro político frente a seu partido.

Com as eleições cada vez mais próximas, as recentes mudanças marcam expectativas de ritmo intenso na vida política brasileira pelos próximos meses.

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Doria sai da vida pública — por enquanto

Em evento com jornalistas, Doria informou que sairá da vida política.

“A partir de agora, retorno para minha vida privada”, disse.

O tucano explicou que continuará filiado a seu partido, o PSDB, e que atuará como conselheiro no grupo empresarial Lide, do qual é um dos fundadores.

O ex-chanceler Celso Lafer e o ex-ministro Henrique Meirelles participarão do conselho ao lado de Doria, que não terá função executiva no grupo e nem será remunerado.

O tucano também anunciou que a saída pode não ser irreversível.

“Por enquanto, sigo na iniciativa privada. Mas não significa para sempre”, afirmou.

Eduardo Leite volta atrás

O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite anunciou também nesta segunda que concorrerá à reeleição ao governo do estado.

“Comunico hoje, aos gaúchos e gaúchas, que eu sou pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul”, disse.

“Com muita humildade, eu aceito novamente o desafio de liderar o projeto.”

Leite havia renunciado ao cargo de governador no dia 31 de março, em meio a uma série de disputas internas no PSDB sobre quem deveria ser o candidato à presidência pela legenda.

Na ocasião, Leite disse que sua renúncia não se dava especificamente por conta da corrida à presidência, e que tinha possibilidades em aberto.

Hoje, o tucano explicou a mudança de planos quanto ao governo do estado.

“Eu mudei de opinião, mas não mudei de princípios. Por isso, eu disse que a renúncia me abria todas as possibilidades, não me retirava nenhuma”, disse.

Acordos e desacordos

Leite e Doria disputaram prévias dentro do partido para a disputa presidencial.

Mas, mesmo após sair vitorioso, Doria continuou a enfrentar resistências dentro do PSDB, o que acabou culminando em sua desistência da corrida e posterior saída da vida pública.

A especulação é a de que a candidatura de Leite faz parte de um acordo nacional entre seu partido, o PSDB, e o MDB, partido cuja filiada Simone Tebet ganhou o espaço de concorrente da chamada terceira via à presidência– em troca do apoio a Tebet, o PSDB teria apoio dos MDB no Rio Grande do Sul.

(Imagem: Facebook/Eduardo Leite)

Moro também muda planos

Na última terça-feira (7), Sergio Moro (União Brasil) sofreu mais um revés em seus planos para concorrer a um cargo nas próximas eleições do Brasil — Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE – SP) rejeitou a transferência eleitoral do ex-juiz, impedindo-o de se candidatar por São Paulo.

Moro já sinalizou a aliados que o caminho mais provável será uma candidatura a cargo por seu estado natal, o Paraná.

Nesta segunda, o ex-juiz anunciou que fará uma coletiva de imprensa no dia de amanhã (14) para esclarecer pontos sobre seu futuro político.

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