Investimentos

Dória pede aos chineses investimentos e abertura do mercado ao etanol

07 ago 2019, 14:09 - atualizado em 07 ago 2019, 14:30
Governador paulista pede abertura ao etanol aos chineses (Imagem: Pixabay)

Os pesados investimentos que a Cofco International  já possui em São Paulo são um dos trunfos do governador João Dória para atrair mais capital da estatal chinesa, líder global no trade de grãos (ainda que a maior parte seja originada para abastecer o próprio país). No seu giro pela segunda potência mundial, a comitiva paulista se reuniu nesta quarta (7) com a diretoria da empresa e um dos temas foi o etanol, hoje no centro do carro-chefe do agronegócio do estado, a sucroernergia.

Dória e seus secretários acentuaram, em vídeo divulgado, terem defendido a necessidade de abertura do mercado chinês ao biocombustível de cana, aproveitando a sinergia com as quatro usinas que o grupo tem em São Paulo. E visando a ampliação da capacidade, como novos investimentos no maior estado produtor, depois do anúncio de novos aportes em aumento da capacidade de moagem (15 milhões de toneladas) feito o ano passado.

Ainda que a decisão sobre o mandato chinês para os biocombustíveis não seja de alçada da Cofco, como estatal seu poder de influência visando os interesses do país não deve ser desprezada.

Além disso, a Cofco possui dois terminais no Porto de Santos, e recentemente anunciou investimentos de US$ 200 milhões no Brasil em logística e armazenagem. E naturalmente a São Paulo pegar uma parte disso, na adaptação do terminais operados em Santos também para a descarga e embarque de etanol.

Em soja, milho e algodão está a maior presença da Cofco no Brasil, incluindo fábrica de biodiesel, mas a estatal também origina proteína animal e café.

E já se disse disposta a entrar no setor de fertilizantes, verticalizando cada vez mais seu poderio no Brasil.

Só em soja, a Cofco Brasil exportou mais de 8,5 milhões de toneladas, do total de 22 milhões que originou no mundo tudo onde está presente.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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