Internacional

Doria critica, em Nova York, prefeito Bill de Blasio sobre postura com Bolsonaro; veja vídeo

15 maio 2019, 7:30 - atualizado em 15 maio 2019, 10:18
João Doria
(Imagem: Reprodução Youtube)

O governador de São Paulo, João Doria, classificou de “erro” e “exagero” as críticas feitas pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, contra o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, para pressioná-lo a desistir da viagem à cidade para ser homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (veja vídeo abaixo).

O tucano cumpre agenda oficial na cidade americana e participou de encontro com empresários e investidores. Também estiveram no evento os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Dória discursou em inglês diretamente para Bil de Blasio, “para que ele entenda (o recado).

Veja a íntegra:

“Primeiramente, quero mandar uma mensagem para o prefeito de Nova York, Bill de Blasio. Da próxima vez  seja gentil com o Presidente do Brasil. Seja gentil com os brasileiros que visitam a sua cidade. Seja quem for. Seja como todos nova-iorquinos que recebem milhões de visitantes todos os anos de todas as raças, crenças e pensamentos. Exatamente como é a tradição da América. Um país que eu aprendi a admirar pelo seu respeito à liberdade por sua pluralidade e respeito aos direitos humanos. Apesar de você, Bill de Blasio nós amamos Nova York. Nós amamos a América”.

Confira o discurso de Dória na íntegra:

Antes do início do evento, Doria fez declarações afirmando que Bill de Blasio cometeu um erro, exagerou na sua condição política e não fez jus a um regime de liberdade do qual Nova York é seu maior símbolo, a partir da própria estátua da liberdade e da própria bandeira dos Estados Unidos.

Segundo Doria, o prefeito “exacerbou na sua condição ao condenar e fazer manifestações nas redes sociais e na imprensa sobre tendências de um presidente da República de outro país”.

O governador paulista disse que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que acontece anualmente em Nova York no mês de setembro, recebe “gente de todas as matizes de países do mundo”, em um sinal de que a cidade é “aberta” e símbolo de liberdade de expressão.

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Entenda o caso

Desde o mês passado, Blasio travou disputa direta com Bolsonaro, por considerá-lo “racista” e “homofóbico”.

Após polêmicas e o cancelamento de outros patrocinadores, o Palácio do Planalto decidiu cancelar a participação de  Bolsonaro em Nova York.

Sem a ida a Nova York, o Itamaraty organizou uma viagem de Bolsonaro a Dallas, no Texas.

O presidente chega à cidade americana nesta quarta-feira (15) para uma agenda de dois dias que inclui reunião com empresários e lideranças políticas, incluindo o ex-presidente George W. Bush.