Mercados

Dori Alimentos, Environmental ESG, Ammo e Monte Rodovias desistem de IPO na B3

10 jan 2022, 16:16 - atualizado em 10 jan 2022, 17:13
Dori
Assim como a Dori, a Ammo faria uma oferta primária, para captar recursos, e uma secundária, com venda de ações dos sócios (Imagem: Dori Alimentos/Facebook)

A Dori Alimentos, fabricante de doces, balas e snacks, que havia pedido em outubro suspensão de sua abertura inicial (IPO, na sigla em inglês), agora resolveu desistir da operação, que poderia girar R$ 1 bilhão.

Mais três empresas seguiram caminho similar: Ammo Varejo, Environmental ESG Participações e Monte Rodovias, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Ammo Varejo, grupo dono da marca MMartan, tinha planos de captar ao menos R$ 700 milhões e em julho de 2021 havia pedido o registro da operação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Mas desde meados de agosto, o mercado se fechou para novas ofertas de ações.

Assim como a Dori, a Ammo faria uma oferta primária, para captar recursos, e uma secundária, com venda de ações dos sócios. A companhia é controlada pela mineira Coteminas, empresa fundada pelo ex-vice-presidente José Alencar.

Controlada pela Ambipar, companhia de gestão de resíduos, a Environmental ESG Participações também havia pedido em outubro a suspensão de seu IPO, em meio à piora generalizada do mercado local.

Neste começo de ano, desistiu da operação, segundo a CVM. Seria uma das maiores ofertas do segundo semestre de 2021, com captação podendo bater em R$ 3 bilhões.

Já a Monte Rodovias, empresa da Monte Equity Partners que opera concessões no Nordeste, planejava desde meados do ano passado um IPO apenas com oferta primária, com recursos destinados a pagamento de dívidas, reforço do caixa e aquisições de outras companhias.

Na sexta-feira, a Vero, provedora de internet, comunicou a desistência do IPO. A empresa tinha planos de fazer uma oferta de R$ 1 bilhão.

Nos bancos de investimento, a expectativa é que uma janela para captações na Bolsa se abra nesta primeira metade de 2022, ao menos até junho, permitindo que algumas operações saiam.

Mas a visão é que o investidor vai ficar ainda mais seletivo, por causa dos juros subindo a dois dígitos no Brasil e da crescente aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai começar a elevar os juros nos Estados Unidos já em março.

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estadao.conteudo@moneytimes.com.br
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