Dona da Zara estuda 25 mil demissões temporárias na Espanha, que padece na crise
A Index, proprietária da marca de roupas Zara, avalia a demissão temporária de 25 mil funcionários de suas lojas na Espanha em meados de abril, caso o estado de emergência do país se estender além desse período, à medida que a pandemia de coronavírus avança.
A empresa fechou lojas na Espanha e continuará pagando o salário completo aos funcionários até 15 de abril. Depois disso, a empresa poderá introduzir um plano de demissão temporária caso as lojas tenham de permanecer fechadas, segundo um representante da empresa.
Para os que possam ser temporariamente demitidos, a varejista pagará a diferença entre o seguro-desemprego e o salário habitual, de acordo com o representante.
No início da semana, a Inditex disse que metade de suas lojas em todo o mundo estavam fechadas devido à nova pandemia de coronavírus. As vendas caíram 24% na primeira quinzena deste mês em moeda local.
Demissões temporárias são uma prática pela qual a Espanha permite que empresas demitam trabalhadores durante períodos de estresse financeiro com o objetivo de recontratá-los quando a situação melhora.
O governo paga benefícios de seguro-desemprego aos trabalhadores, e os planos precisam ser negociados com sindicatos e revisados pelo Ministério do Trabalho.
Centenas de empresas apresentaram planos de demissões temporárias na Espanha desde que o governo anunciou o estado de emergência, em 13 de março.