Domo de ferro em Israel: Como funciona e o quão efetivo é?

O recente novo capítulo do conflito do Oriente médio trouxe várias discussões, opiniões, pontos de vista e principalmente desdobramentos do futuro da região e da sociedade à nível global.

Contudo a pergunta que muito sempre fizeram é: Como Israel se mantém de pé na região por tanto tempo?

Há muitas respostas para isso, porém uma das mais espetaculares vem com base na tecnologia.

Na última coluna citamos a importância do polo tecnológico israelense para o mundo e mostramos o quanto Israel tem pesquisas e avanços na área. Por conta disso Israel consegue ficar de pé e sua luta para continuar tem nome: domo de ferro.

Quando vemos o nome já associamos a produções cinematográficas de grandes cidades futuristas que estão sob uma cúpula de proteção ou algo do gênero.

A apresentação mais recente desse conceito foi no ano de 2018 quando a Marvel lançou o Filme do herói Pantera Negra onde o protagonista era o rei de uma nação altamente tecnológica no coração da África, mas para proteção sua o país fictício de Wakanda desenvolveu uma cúpula que impedia seus inimigos de os atacarem. A cúpula é o fio central de desenvolvimento do roteiro e a discussão é se ela deve cair ou não.

Isso é o conceito que o mundo entende como proteção geográfica nacional e é o mais divulgado e, até mesmo sonhado, mas apesar de ser realidade, esse tipo de proteção funciona de um jeito totalmente diferente no mundo real, mas resultado é o mesmo.

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Após o últimos ataques de 07 de outubro, ficou claro que não há uma cúpula física sobre toda a nação, caso isso fosse possível Israel não teria sido acertada. A forma como o domo de ferro Israelense funciona contém 3 elementos:

Unidade de radar: Israel dispõe, implementado pela nação, um sistema móvel de radares, geralmente alocados em automóveis militares ou até mesmo caminhões disfarçados que monitoram pontos estratégicos e regiões que já apresentaram conflito ou que estão em risco após monitoração do sistema de inteligência israelense.

Centro de controle: O centro de controle cuida das informações colhidas pelo radar e mapeia o trajeto do míssil enviado. Se a trajetória não apresentar risco a população e cair numa região inóspita o centro de controle não age.

Unidade de resposta: Caso o centro de controle detecte que há possível ameaça no ataque então é acionada a unidade de resposta. Essa unidade entra em ação disparando um míssil que, por meio de geolocalização, intercepta o ataque e destrói o míssil ainda em rota aérea impedindo que a explosão aconteça em solo.

O domo de ferro, em palavras diretas é uma rede de defesa antimísseis do exército israelense. O disparo de interceptação tem um alcance de até 70km. Isso permite que o sistema de inteligência cubra uma área significativa do território nacional.

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Sendo assim a estrutura fica da seguinte forma:

O quão efetivo esse sistema é?

Essa pergunta, que todos fazemos ao saber como ele atua, é algo importante. Sua implantação foi feita em 2011 e desde o início a sua efetividade tem sido de 90%, de acordo com Rafael Advanced Defense Systems, empresa responsável pela criação de sistemas de defesa e desenvolvedora do domo de ferro.

O custo total do projeto envolvendo manutenção, desenvolvimento, fabricação e implantação não é conhecido, mas alguns números são.

Uma bateria de defesa completa do sistema custa 100 milhões de dólares, isso de acordo com o CSIS – Center for Strategic and International Studies – Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Os EUA fazem parte do desenvolvimento desse sistema e já discutiam e apoiavam estratégias de defesa em favor de Israel desde 1946.

É interessante e entusiasmante ver o desenvolvimento das diversas tecnologias e ver que elas podem abranger desde um entretenimento simples até a salvação de vidas diariamente no mundo.

O domo de ferro israelense é algo espetacular no mundo e vale a pena ser conhecido por todos.

Caso queira conhecer mais sobre o projeto, no link abaixo é possível obter mais informações:
https://www.rafael.co.il/iron-dome-10years/