Mercados

Dominância do dólar está em risco, aponta Goldman Sachs

02 abr 2022, 14:59 - atualizado em 02 abr 2022, 14:59
Dólar
Dólar pode perder dominância mundial por uma série de fatores (Pexels)

O Goldman Sachs fez um alerta aos Estados Unidos. Segundo o banco, a dominância do dólar está em risco, uma vez que a moeda “está lidando com alguns dos mesmos desafios que a libra britânica enfrentou no início de 1900”.

Os analistas do banco, de acordo com o Business Insider, “disseram que o dólar enfrenta uma série de desafios semelhantes aos enfrentados pela libra esterlina antes de cair”.

Como eles explicam, “a libra já foi a moeda de reserva do mundo, mas foi suplantada pelo dólar em meados do século 20”.

O relatório do Goldman ainda afirmam que, entre os desafios, “está o fato de que os Estados Unidos têm uma parcela relativamente pequena do comércio global em comparação com o domínio do dólar nos pagamentos globais”, bem como uma  “posição de ativos externos líquidos em deterioração, com dívidas externas crescentes” e “enfrenta problemas geopolíticos, como a guerra da Rússia na Ucrânia”.

Os economistas ainda dizem que “as grandes dívidas dos EUA, decorrentes do fato de ser um grande importador de mercadorias, podem ser um problema particular”.

Segundo eles, “os investidores internacionais ficaram cada vez mais relutantes em manter a libra esterlina depois que o país acumulou grandes dívidas na Segunda Guerra Mundial”.

“Se a dívida de um emissor de moeda de reserva crescer em relação ao PIB, eventualmente os estrangeiros podem ficar relutantes em manter mais dela”, escreveram.

A Genial Investimentos já havia apontado que a Guerra na Ucrânia pode representar “o final do dólar”. Segundo a corretora brasileira, isso aconteceria porque “o dólar, assim como as demais moedas fiduciárias, representa uma dívida soberana entre um determinado governo e o ente que se dispôs a reter a moeda em seu portfólio”.

“Se, por alguma razão, o governo emitente da moeda fiduciária se recusa a honrar esta dívida, como no caso de proibir o acesso aos recursos depositados em bancos sob sua jurisdição, a credibilidade desta moeda é, claramente, afetada”, afirmam os analistas.

A Genial aponta que fatos como a crise humanitária causada pela invasão da Ucrânia, a exclusão da Rússia do Swift — que processa as operações financeiras de 11 mil bancos em todo o mundo e é um dos pilares da economia mundial —, e as sanções norte-americanas feitas à economia russa podem cementar a queda da moeda mais importante do mundo.

Na sexta-feira (1º), a moeda norte-americana fechou a R$ 4,667, em seu menor valor nos últimos dois anos.

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