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Dolly entra com pedido de recuperação judicial para evitar falência

27 jun 2018, 11:24 - atualizado em 27 jun 2018, 11:46

A fabricante de refrigerantes Dolly entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça paulista, informa nesta quarta-feira (28) reportagem do jornal Folha de S. Paulo. O objetivo da companhia é evitar que a empresa vá a falência após suas contas terem sido bloqueadas por conta da acusação de que a empresa teria sonegado R$ 4 bilhões em impostos.

De acordo com a Folha, sem a proteção judicial, a Dolly terá que demitir mais de 1.000 empregados nos próximos dias, sem possibilidade de pagamento dos direitos trabalhista, a exemplo do que aconteceu com a demissão de 700 funcionários, ocorrida na semana passada, na fábrica de Tatuí, em São Paulo.

O passivo total da empresa é de aproximadamente R$ 255 milhões, segundo lista de credores anexado ao processo. O pedido de recuperação foi feito em nome das empresas Dettal-Part, Brabed-Brasil Bebidas e Empresa Paulista de Refrigerantes, donas da marca Dolly.

Além da recuperação judicial em si, a empresa também pede ao juiz Marcelo Sacramone da 2ª Vara de Recuperações Judiciais uma série de providências, incluindo: o desbloqueio de suas contas; permissão de retorno dos administradores afastados à direção da companhia; impedimento para que a Eletropaulo se abstenha de cortar a energia elétrica da empresa; e a suspensão do processo administrativo para cassação de sua inscrição estadual e CNPJ, entre outras providências.

Histórico

O empresário Laerte Codonho, dono da empresa de refrigerantes Dolly, foi solto em 18 de maio pela Justiça de São Paulo após ficar preso por oito dias. Ele foi alvo da operação do Ministério Público de São Paulo por fraude fiscal estruturada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na ocasião, a Justiça também soltou o ex-gerente financeiro da companhia, César Requena Mazzi, preso na mesma operação.

O Grupo de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec) do Ministério Público de São Paulo denunciou o empresário por sonegação fiscal nos últimos 20 anos, apontando um valor não pago de R$ 2,1 bilhões de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Somando-se os impostos federais, que não são objeto desta investigação, o valor da dívida ficou em R$ 4 bilhões.

De acordo com a Promotoria, a Dolly, comandada por Codonho, demitiu funcionários e os recontratou em outra companhia para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante a operação foram apreendidos 13 veículos do empresário, três helicópteros, além de dinheiro em espécie.

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