Siderurgia

Dólar X coronavírus: o que pesará no reajuste de preços das siderúrgicas brasileiras?

18 mar 2020, 11:59 - atualizado em 18 mar 2020, 11:59
Usina siderúrgica em Hefei, China Siderurgia
Cenário incerto: Ágora não descarta possibilidade de coronavírus retardar reajuste de siderúrgicas (Imagem: REUTERS/Stringer)

Após aumentar os preços em 10% neste mês, as siderúrgicas brasileira preparam-se para uma nova rodada de reajustes em abril.

O problema, segundo a Ágora Investimentos, é o que prevalecerá no mês que vem: a pressão do câmbio, que incentiva a alta dos produtos siderúrgicos, ou a pandemia de coronavírus, que ameaça derrubar o consumo.

O reajuste planejado é de outros 10%. Os analistas Thiago Lofiego e José Cataldo, que assinam um breve comentário da Ágora sobre o assunto, observam que, em tese, há espaço para os aumentos.

Isto porque, com o dólar a R$ 5, os dois reajustes consecutivos de março e abril ainda levariam os aços laminados a quente (usados, por exemplo, em automóveis e eletrodomésticos) a serem negociados, no mercado interno, com um prêmio de 2,5% sobre os importados.

Historicamente, a média do prêmio é de 5% a 10%. “Estritamente, deste ponto de vista, as siderúrgicas domésticas seriam capazes de implementar aumentos de preços”, diz a dupla.

“No entanto, reconhecemos que as preocupações com a demanda doméstica por trás do spread do Covid-19 no Brasil podem atrasar a implementação”, acrescentam os analistas.

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