Dólar volta a subir seguindo exterior e abre setembro com forte volatilidade
O dólar à vista opera com forte volatilidade no primeiro pregão de setembro, indo de R$ 5,14 a R$ 5,22 em apenas três horas de negócios.
Há pouco, a moeda norte-americana subia 0,5% frente ao real, negociado a R$ 5,20 para venda.
“Depois da abertura, o dólar foi abatido por um fluxo de investidor estrangeiro na primeira formação de preço da taxa Ptax, Isso levou a moeda às mínimas”, diz o diretor da mesa de câmbio de uma corretora local.
Com isso, o dólar abre o mês mostrando a que veio e analistas avisaram dias atrás. O movimento volátil ficaria mais intenso nas próximas semanas.
Isso porque as eleições se aproximam e entramos no super setembro dos Bancos Centrais.
PMIs em queda
Lá fora, o Dollar Index avança 1%, aos 109,7 pontos, exibindo a forte aversão ao risco que prevalece por lá após as quedas dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de indústria da China, dos Estados Unidos e da Europa.
Além do recuo, os números de atividade das três regiões vieram abaixo do esperado pelo mercado.
“Ainda na China, a cautela se intensifica com o governo divulgando mais um novo lockdown, dessa vez em Chengdu, cidade com 21 milhões de habitantes”, comenta o operador da Commcor Corretora, Cleber Alessie.
Olha o PIB!
Aqui, o mercado digere o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que avançou 1,2% no segundo trimestre deste ano em relação aos primeiros três meses de 2022.
O levantamento é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima da mediana projetada pelo mercado, de +0,9%.
A economista do BNP Paribas, Laiz Carvalho, avalia que o indicador veio muito positivo, com destaque para o PIB de serviços, que ficou acima do esperado e mostrou recuperação, puxado por transportes, comunicação e comércio.
Para o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, o setor de serviços deve continuar sendo o motor da economia até o fim do ano.
Carvalho, do Paribas, acredita que a transferência de renda para a população em meio aos benefícios do governo federal deve refletir positivamente no PIB do terceiro trimestre.
Contudo, o crescimento da economia de julho a setembro deve ter desempenho muito parecido com o segundo trimestre.
Entretanto, o economista da Suno diz que a perspectiva é de um arrefecimento da atividade no segundo semestre, diante dos efeitos da elevação dos juros e da alta inflação.
“Porém, a dinâmica do mercado de trabalho, as reduções tributárias sobre itens importantes como combustíveis e energia. Além de novos incentivos fiscais, darão um novo fôlego para [a economia] no terceiro trimestre”, avalia Sung.
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