Dólar vai voltar a R$ 5? Saiba o que pode acontecer nos mercados nos próximos dias
Os mercados abriram a semana bastante polvorosos, devido ao forte sentimento de aversão a risco segundo analistas, fazendo com que até a cotação do dólar a R$ 5 voltasse ao radar dos investidores.
Além do real estar perdendo força para o dólar norte-americano, a Bolsa brasileira também está operando em território negativo, com investidores tirando dinheiro daqui e procurando economias mais seguras, explica Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.
“O Brasil e demais mercados emergentes bastante ligados a commodities estão vendo os estrangeiros retirando capital de suas bolsas e migrando o dinheiro para economias mais consolidadas, como os Estados Unidos, em meio a esse momento de intensa volatilidade”, afirma.
Após uma segunda-feira (25) marcada pelo dólar para cima e o Ibovespa (IBOV) para baixo, o que podemos esperar nos mercados nos próximos dias?
China, Covid e juros americanos
Após semanas de queda, a moeda americana voltou a subir e já se aproxima novamente da casa dos R$ 5.
Cotado a R$ 4,92 durante a manhã, o dólar tem boa parte de sua alta atrelada ao medo dos investidores com o fechamento da China para o mundo.
Na avaliação de Paulo Cunha, especialista no mercado financeiro e CEO da iHUB Investimentos, a principal preocupação é que mais cidades na China sigam o exemplo de Xangai e entrem em lockdown, intensificando a inflação global que pode levar a novos aumentos nos juros para contê-la.
Não é uma situação que se resolve de uma hora para outra como já demonstrou o histórico da pandemia de Covid-19 nos últimos dois anos, logo a volatilidade nos mercados deve continuar implacável.
“Esse momento de pouca previsibilidade é o que mais aflige os investidores no Brasil e no mundo, atrelado a expectativa de alta nos juros americanos“, diz Cunha.
No final da semana passada, o Federal Reserve (banco central dos EUA) deixou claro que deve acelerar a elevação de juros no país, movimento que pressiona a curva futura de juros e provoca ajustes nos valuations das empresas, especialmente daquelas mais endividadas.
O sócio da Nexgen destaca que a decisão de política monetária do Fed já acontece na próxima quarta-feira (4), quando deve decidir a taxa básica de juros dos EUA.
“O maior medo que se enxerga é que o Fed precise ser ainda mais agressivo [hawkish] do que se imaginava na subida de juros para poder colocar o lado da inflação em linha nos EUA. Analistas estão atentos para sinais de uma taxa de juros acima do patamar neutro”, alerta.
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