Mercados

Dólar vai às mínimas do dia e retorna à casa de R$ 5,27 após falas de Lira e Pacheco

21 set 2021, 13:46 - atualizado em 21 set 2021, 13:46
Dólar
O dólar à vista caía 0,82%, a 5,2850 reais, às 13h17 (de Brasília) (Imagem: Pixabay/campbellstogether)

O dólar (USDBRL) firmou queda no fim da manhã desta terça-feira, revisitando a casa de 5,27 reais após flertar com 5,38 reais na véspera, com falas dos presidentes das duas Casas legislativas brasileiras alimentando algum otimismo no mercado sobre uma solução para o impasse bilionário dos precatórios.

O dólar à vista caía 0,82%, a 5,2850 reais, às 13h17 (de Brasília).

A moeda vinha oscilando numa faixa estreita até perto de 12h30, quando despencou em linha quase reta enquanto autoridades políticas queriam se mostrar empenhadas em alcançar um acordo sobre os precatórios.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a PEC para resolver o problema dos precatórios no Orçamento do ano que vem preverá uma limitação do crescimento dessas despesas pela mesma dinâmica da regra do teto de gastos.

E o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse “que fique claro” que há o compromisso de respeito ao teto de gastos.

Junto a ambos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que confia no Congresso e a mostrar esperança de um desfecho positivo para a questão da conta de precatórios de quase 90 bilhões de reais para 2022.

Na mínima, o dólar desceu a 5,2783 reais (-0,95%), após mais cedo ir a uma máxima de 5,3381 reais (+0,18%).

O receio do mercado de uma resolução capenga para essa conta disparou depois do discurso inflamado do presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro, quando atacou ministros do STF.

Isso porque a solução de limitar pagamento dos precatórios nos moldes da regra do teto de gastos que agrada ao mercado foi costurada inicialmente no campo jurídico, com presença ativa do presidente do STF, Luiz Fux.

Para além do noticiário doméstico, o viés de baixa do dólar também era amparado pela recuperação de ativos de risco no exterior, após a liquidação da véspera por temores relacionados à incorporadora chinesa Evergrande.