Dólar segue otimismo com China e recua a R$ 5,22

O dólar (USDBLR) seguia o otimismo global e recuava na abertura do pregão desta terça-feira (28), após a China afrouxar os rígidos controles sanitários em Pequim e Xangai, com os casos de covid sob controle.

Por volta das 9h10, a divisa tinha perda de 0,20%, a R$ 5,2263. Na véspera, a moeda norte-americana à vista caiu 0,32%, a R$ 5,2352. Na semana passada, a moeda encerrou no maior patamar desde fevereiro passado.

As maiores cotações de segunda-feira foram alcançadas durante um movimento agudo de proteção diante de riscos políticos e fiscais domésticos, mas isso não se sustentou pelo resto do pregão por conta de um ambiente internacional positivo, disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Mercados hoje

Com poucos indicadores e eventos programados para o dia, notícias de que a China está relaxando algumas das restrições impostas por sua política de covid zero seguem alimentando o bom humor dos investidores, comenta o BB Investimentos.

Adicionalmente, compromisso do PBoC de estímulos à economia do país fortalecem as commodities e as bolsas, diz.

“Além disso, a reiteração do compromisso do BCE em iniciar a regularização de sua política monetária no próximo mês reforça a perspectiva de alta de juros globais, o que contribui para elevar as taxas dos treasuries e de bônus de outros governos”.

Para o BB, apesar do viés mais otimista da sessão, ainda pairam no cenário os temores por recessão à frente, o que pode limitar os movimentos no dia, além de manter o dólar fortalecido ante as moedas principais.

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Agenda

Na agenda do dia, estão previstos nos EUA o índice de confiança do consumidor medido pelo Conference Board, e discursos de Thomas Barkin e Mary Daly do Fed em eventos distintos.

No Brasil, o Caged de maio vai ser divulgado às 10h30 e o Tesouro divulga o relatório mensal da dívida de abril às 14h30. Além disso, o Tesouro realiza leilões de venda de NTN-B com vencimentos em 2025, 2032 e 2045, somado a LFT com vencimento em 2028.

Os investidores seguem observando os trâmites legislativos a respeito das medidas que tentam conter os impactos da inflação elevada para os mais vulneráveis.

Após adiamento de ontem, está sendo aguardada para hoje a apresentação do parecer da PEC 16, conhecida como PEC dos Combustíveis, produzida pelo senador Fernando Bezerra, com expectativa de apreciação no Plenário do Senado nesta quarta-feira (29).