Câmbio

Dólar (USDBLR) sobe com risco fiscal e medo de recessão

01 jul 2022, 9:09 - atualizado em 01 jul 2022, 9:13
Dólar
No segundo trimestre, o ganho acumulado da moeda norte-americana contra a brasileira foi de 9,83% (Imagem: Pixabay/Foto-Rabe)

O dólar (USDBLR) subia na abertura do pregão desta sexta-feira (1), diante das expectativas sobre uma possível recessão em importantes economias e com o risco fiscal no radar. Por volta das 9h05, a moeda tinha ganho de 0,60%, a R$ 5,2876.

O índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, opera em alta, revertendo parte das perdas de ontem.

Os contratos futuros de petróleo reverteram as perdas de mais cedo e passaram a operar em alta, após duas sessões consecutivas de desvalorização. Já as principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York caíam pela manhã.

Mercados hoje

No Brasil, a aprovação da PEC, na noite de ontem, na qual o Senado incluiu despesas acima do teto de gastos, deve manter as taxas de juros pressionadas hoje diante do risco de deterioração fiscal e, por consequência, limitar uma recuperação mais intensa do Ibovespa, por exemplo, disse a Ágora Investimentos.

Agenda econômica

A agenda de hoje, segundo a Ágora:

O PMI industrial de junho (10h) e a balança comercial de junho (15h) são os destaques locais, sendo que para este último as projeções apontam para um superávit de US$ 9,9 bilhões – praticamente o dobro de maio (US$ 4,94 bilhões), se confirmado.

EUA: Destaque para os índices dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial de junho medidos pela S&P Global (10h45), ISM/Chicago (11h) e S&P Global/JP Morgan (12h).

Europa: A inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro atingiu a máxima histórica de 8,6% em junho, superando o recorde de 8,1% de maio, enquanto o PMI industrial da região caiu a 52,1 em junho, o menor patamar em 22 meses. Na Alemanha, o PMI caiu a 52, menor nível em 23 meses, enquanto no Reino Unido, o mesmo dado caiu a 52,8, menor nível em dois anos.

Dólar em alta

Na véspera, a divisa norte-americana negociada no mercado interbancário fechou a sessão em alta de 0,77%, a R$ 5,2311, após mostrar forte volatilidade ao longo do pregão.

Em junho, o dólar saltou 10,03%, seu melhor mês desde março de 2020 (+15,92%), quando os mercados globais sentiram o choque inicial da pandemia de Covid-19. No segundo trimestre, o ganho acumulado da moeda norte-americana contra a brasileira foi de 9,83%.

Isso não compensa a baixa de 14,55% vista no período de janeiro a março, mas reduz as perdas do dólar no acumulado de 2022 para 6,14%.

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