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Dólar (USDBLR) à vista fecha em queda de 0,63%, a R$ 5,25 na venda

28 dez 2022, 17:23 - atualizado em 28 dez 2022, 18:16
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No mercado à vista, o dólar recuou 0,63%, a 5,2555 reais na venda (Imagem: Pixabay/ilheufx)

O dólar (USDBLR) desvalorizou frente ao real nesta quarta-feira, depois de duas sessões consecutivas de alta, em movimentos pautados por articulações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a montagem do seu ministério, de dados do Caged mais fracos e, no cenário internacional, da flexibilização das restrições sanitárias contra a Covid-19 na China.

No mercado à vista, o dólar recuou 0,63%, a 5,2555 reais na venda.

Em um dia de baixa liquidez no mercado, como é comum no fim do ano, o movimento do dólar acompanhou o exterior, mas também foi, segundo Evandro Caciano dos Santos, chefe de câmbio da Trace Finance, resultado do “fator Ptax”, que será fechada na quinta-feira.

“Estávamos há dois pregões seguidos de alta e o que acontece é que é a proximidade da Ptax leva a uma briga constante no mercado por ajustes de posição. Então acontece uma guerra entre compradores e comprados da moeda estrangeira, porque muitos contratos são delineados por esse dólar médio da Ptax do mês. Então, de olho nesse ajuste, esse fator foi o grande decisor nessa queda de hoje”.

O anúncio do restante dos nomes que irão chefiar as pastas do futuro governo está prevista para quinta-feira e a expectativa é de que entre eles esteja a senadora Simone Tebet (MDB), que deve ficar a cargo do Ministério do Planejamento.

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Segundo especialistas de saúde internacionais, o vírus está se espalhando sem controle, o que pode impor um risco à atividade econômica (Imagem: Pixabay/TBIT)

“Fernando Haddad disse que é bom ter ideias divergentes para governar melhor. E eu entendo que o mercado enxerga assim também. Por isso, a senadora é extremamente bem recebida. Ela era, dos candidatos, a aposta favorita do mercado. Então ela fazer parte do governo dá um efeito positivo”, explica Gustavo Cruz, estrategista chefe da RB Investimentos.

O mercado também acompanhou dados de emprego, com Brasil abrindo 135.495 vagas formais em novembro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta pelo Ministério do Trabalho e Previdência, saldo menor que o esperado.

“O Caged mostra que muita gente que está fora do mercado de trabalho aceita entrar para ganhar menos. Isso, obviamente, não é bom e sugere um consumo ainda mais apertado em 2023. O indicador frustrou um pouco a expectativa, mas seguiu o ritmo de contratações. É um saldo positivo, mas parece que o ritmo muito positivo já ficou um pouco para trás”, diz Cruz.

No mercado internacional, a apreensão em relação aos efeitos da abrupta abertura da política sanitária chinesa se contrapõe ao otimismo com as perspectivas de crescimento da economia do país.

Segundo especialistas de saúde internacionais, o vírus está se espalhando sem controle, o que pode impor um risco à atividade econômica.

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