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Dólar (USDBLR) fecha quase estável no dia e tem 2ª semana seguida de queda frente ao real

13 jan 2023, 17:19 - atualizado em 13 jan 2023, 17:51
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O dólar à vista subiu 0,14%, a R$5,1074 na venda (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O dólar (USDBLR) fechou próximo do zero a zero ante o real nesta sexta-feira, ao passo que agentes financeiros ainda avaliam o pacote de medidas econômicas anunciado pelo governo e repercutem expectativa de uma alta menor nas taxas de juros norte-americanas.

O dólar à vista subiu 0,14%, a R$5,1074 na venda. Na mínima da sessão, cedeu 0,44% (5,0781) e na máxima subiu 1,09% (5,1560).

A moeda acumulou sua segunda semana seguida de queda, de 2,46%.

A divisa norte-americana alcançou as máximas do dia frente ao real pela manhã, sob efeito, principalmente, do cenário externo, mas perdeu força ao longo do pregão.

Na tranche externa, o real se beneficiou nas últimas duas sessões da consolidação de apostas de uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião.

A elevação representaria uma nova redução no ritmo de aperto monetário pela instituição, o que tende a enfraquecer a moeda norte-americana.

“A mudança de postura pelo Fed foi ficando mais forte durante a semana, o CPI (dado de inflação nos EUA) ajudou bastante, especificamente”, disse Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, à Reuters.

O dólar operava próximo à estabilidade contra uma cesta de moedas no exterior.

“Não é um excelente humor externo (na sessão), mas tem trazido uma tranquilidade para o mercado internacional”, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

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O dólar operava próximo à estabilidade contra uma cesta de moedas no exterior (Imagem: Pixabay/NikolayFrolochkin)

Localmente, o pacote de medidas anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue no radar dos agentes financeiros. Entre os analistas, as percepções foram, em geral, positivas, mas com ressalvas.

O plano, que inclui reduções de débitos tributários e reoneração de combustíveis, pode levar a ajuste de até 242,7 bilhões de reais na contas em 2023.

O ministro, em uma projeção mais cautelosa, apontou que o resultado primário do governo central de 2023 deve ficar em déficit de 0,5% a 1% do PIB.

Mercadante, da Rio Bravo, disse que qualquer anúncio neste sentido é positivo, diante do cenário esperado anteriormente pelo mercado com relação à dívida. No entanto, para ele, parte das medidas não é concreta e tem foco apenas no curto prazo. “O plano visa reduzir percepção de risco de curto prazo, para depois discutir perspectiva mais longa com uma nova regra fiscal”.

Os ex-secretários do Tesouro Nacional Jefferson Bittencourt e Paulo Valle disseram à Reuters que o conjunto de medidas para reduzir o déficit fiscal representa um sinal positivo do novo governo ao indicar preocupação com as contas públicas, mas as iniciativas são insuficientes para estabilizar a dívida pública.

O pregão desta sexta-feira, que ainda teve dado de atividade econômica local abaixo do esperado, encerra uma semana agitada nos mercados financeiros, incluindo, além do foco nos juros dos EUA e no pacote econômico doméstico, fortes respostas das autoridades aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília e anúncios de membros do governo.

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reuters@moneytimes.com.br
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