Dólar tem se comportado melhor mas credibilidade fiscal segue no radar, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quarta-feira que o dólar tem se comportado melhor, mas que os agentes econômicos seguem atentos a sinais sobre o comprometimento do governo com a sustentabilidade fiscal.
“A gente começa a ver agora um fluxo cambial maior, o dólar tem se comportado melhor nos últimos meses em torno desse nível”, disse ele, em audiência pública na Câmara dos Deputados.
“E se de fato o Brasil conseguir atingir credibilidade com um dólar desvalorizado, com exportações, com preço de commodities –lembrando que nós exportamos muito commodities–, esse fluxo deve fazer o dólar voltar a um equilíbrio mais baixo, mas temos um tema de credibilidade. A gente tem tido uma oscilação grande entre entrada e saída de acordo com o que os agentes econômicos entendem o que é o futuro do país”, completou.
Ele pontuou que o Brasil tem volume grande de reservas internacionais, mas que as intervenções são feitas quando o BC entende que há falta de liquidez no mercado.
Segundo Campos Netos, ao somar o efeito da alta de commodities e da alta do dólar o impacto sobre a inflação foi grande no ano passado e segue sendo relevante neste ano.